Wislawa Szymborska, escritora polonesa, Prêmio Nobel de Literatura

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Wislawa Szymborska(Poznan, 2 de julho de 1923 – Cracóvia, 1º de fevereiro de 2012), escritora polonesa. A Academia Sueca premiou a modernidade. Wislawa Szymborska, uma criatura reconhecidamente tímida, típica representante da poesia polonesa do pós-guerra, levou para casa o Prêmio Nobel de Literatura, além da quantia de 1,12 milhão de dólares a que teve direito. Autora de versos secos, irônicos e de caráter universal, a poesia de Szymborska em pouco lembra o convencionalismo da obra do irlandês Seamus Justin Heaney, ganhador do Nobel em 1995.

Mesmo amplamente traduzida para o inglês, o francês e o espanhol, a poeta era uma celebridade apenas entre poloneses e literatos. A partir do prêmio, integra o seleto clube das notoriedades literárias do planeta. Em seu país, mesmo antes do Nobel, Szymborska era tão popular quanto Drummond foi em vida no Brasil.

Ex-comunista de carteirinha na juventude, época em que chegou a cometer versos stalinistas, com o tempo Szymborska foi refinando sua arte. Acabou desiludindo-se com o Partido Comunista e abandonou a militância. “Na poesia, sua evolução rumo à maturidade deu-se sobretudo no tratamento dos temas, que migraram da política para assuntos mais universais”.

Na forma, isso resultou em versos mais diretos e coloquiais. O marco dessa virada foi a antologia de poemas Chamada Yeti, de 1957, com versos sobre o amor, a natureza e a guerra.

Com mais de 180 poemas publicados, Szymborska goza de boa reputação no mundo literário, onde é conhecida como um dos maiores nomes da língua polonesa do século XX. Nascida no vilarejo de Bnin, perto de Poznan, Szymborska cursou sociologia e letras na juventude e, durante mais de três décadas, ganhou a vida como crítica e tradutora.

Seu prêmio reafirmou o apreço da Academia Sueca por escritores do Leste Europeu, numa linhagem iniciada, no final dos anos 70, com o Nobel concedido a Isaac Bashevis Singer, judeu-polonês de nascimento, a que se seguiram o lituano Czeslaw Milosz, ganhador em 1980, e o russo Joseph Brodsky, de 1987.

(Fonte: Veja, 9 de outubro de 1996 – Edição 1465 -– Datas -– Pág; 102)

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