William Shakespeare, escritor, poeta e dramaturgo que moldou o homem moderno

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William Shakespeare, escritor, poeta e dramaturgo que moldou o homem moderno.

No dia 23 de abril de 1564, nascia em Stratford, na Inglaterra, William Shakespeare.

Somos o que somos hoje graças a obras como “Hamlet”, “Romeu e Julieta”, “Ricardo 3º”, “Sonhos de Uma Noite de Verão”, “A Tempestade”, “O Mercador de Veneza”, “Rei Lear”, “Macbeth” e outras 31 peças e 154 sonetos do bardo inglês.

Essa influência vem principalmente de cenas que expõem a consciência dos personagens.

Contudo, esse impacto de Shakespeare não está apenas no plano abstrato. Ele transformou-se numa espécie de linguagem universal, à qual todos recorremos embora muitas vezes não saibamos identificar a origem das expressões que empregamos.

A linguagem shakespeariana ajudou a formar a visão do mundo e a expressar sentimentos em diversos idiomas. Nesse sentido, a obra shakespeariana é uma espécie de laboratório da condição humana.

Tamanha influência provavelmente só foi possível porque Shakespeare viveu numa época em que o mundo começava a romper com o pensamento medieval, completamente focado em Deus, e passava a colocar o homem, com toda sua própria complexidade, no centro das questões. O escritor, então, encontrou um vasto universo interno para explorar em cada um de seus personagens.

Shakespeare também fomentou – e muito – sua língua-mãe, a inglesa. Para os historiadores, Shakespeare contribui com aproximadamente 2.000 palavras para o léxico do idioma. Em sua obra, não teria usado menos de 20 mil palavras! Isto é, o teatro shakespeariano ajudou a formar de maneira definitiva a própria língua inglesa. Portanto, quem fala inglês, mesmo sem ter consciência, em alguma medida, fala “shakespeariano”.

Um Shakespeare em cada esquina

Shakespeare foi casado e teve três filhos com Anne Hathaway – o nome, a propósito, serviu de inspiração para batizar a atriz de “O Diabo Veste Prada”, nascida em 1982. Além de escrever, costumava atuar em algumas de suas peças. Morreu em 1616, mas ainda é fácil encontrá-lo por aí.

Por meio de peças como “Júlio César” e “Medida por Medida” podemos ter a noção da diferença entre interesses privados e públicos, daquele que governa para si mesmo e do que governa para uma nação.

“Rei Lear” traz uma cena, na qual o rei divide o reino entre suas filhas, que remete à distribuição de benefícios e cargos políticos.

“Ricardo 3º” aponta como uma amostra do quanto o poder atrai as pessoas a procura de privilégios. “A reflexão shakespeariana sobre o poder e a política segue surpreendentemente atual”.

“A Tempestade” apresenta personagens que se transformaram em espécie de símbolo para a compreensão da região. O inglês produziu sua obra pouquíssimo tempo depois dos europeus chegarem à América, sem que a história pós-colombiana do continente já tivesse ganhado corpo.

A produção shakesperiana dialoga tanto conosco ainda hoje porque aponta caminhos pedagógicos sobre o ciclo de vida do indivíduo, sociológicos e cósmicos, no sentido de sugerir como o ser humano pode dialogar com o espaço natural que o circunda.

(Fonte: http://entretenimento.uol.com.br/noticias/redacao/2014/04/23 – NOTÍCIAS – ENTRETENIMENTO/ Por Rodrigo Casarin / Do UOL, em São Paulo – 23/04/2014)

 

 

 

 

DA MATÉRIA DOS SONHOS

(Fonte: Veja, 23 de abril de 2014 – ANO 47 – Nº 17 – Edição 2 370 – CULTURA / Por JERÔNIMO TEIXEIRA – Pág: 102/103)

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