William Link, escritor e produtor, conhecido por cocriar com Richard Levinson as séries “Columbo” e “Murder, She Wrote” (Crime, disse Ela)

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William Link (1933 – 2020)

 

 

O roteirista e produtor William Link. (Foto: Facebook/William Link / Pipoca Moderna)

 

COCRIADOR DE “COLUMBO” E “MURDER, SHE WROTE”

 

William Theodore Link (Filadélfia, Pensilvânia, 15 de dezembro de 1933 – Los Angeles, 27 de dezembro de 2020), roteirista e produtor, foi co-criador de séries clássicas como “Columbo” e “Assassinato por Escrito”, entre outras.

 

A sua carreira na TV começou em 1959, quando escreveu um episódio de “Westinghouse Desilu Playhouse“. Depois disso, os seus créditos na TV acumularam-se, tendo escrito capítulos de séries como “Alfred Hichtcock Apresenta“, “A Hora de Alfred Hitchcock” e “Mannix“. Além de “Columbo” em 1971 e “Crime, disse ela” em 1986, William Link foi também o autor de “Os Mistérios de Bill Cosby” (1984) e “Over My Dead Body” (1990).

 

Em uma carreira de mais de 60 anos, Link ficou conhecido por sua colaboração com Richard Levinson (1934-1987). Os dois se conheceram aos 14 anos e começaram a colaborar quase imediatamente em histórias, roteiros de rádio e TV. Eles viram o potencial da TV para contribuir para a discussão sobre assuntos como relações raciais, homossexualidade, inquietação estudantil e violência armada, e inovaram o conteúdo televisivo.

Link e Levinson começaram a escrever para séries no final dos anos 1950, em produções como “Johnny Ringo” e “The Rebel”. Logo passaram a criar episódios para séries populares, como “Alfred Hitchcock Apresenta”, “Dr. Kildare”, “A Lei de Burke” e “O Fugitivo”, até criarem suas primeiras atrações, a série de espionagem da 2ª Guerra Mundial “Jericho” (1965) e principalmente “Mannix” (1967), um megasucesso desenvolvido em parceria com Bruce Geller (criador de “Missão: Impossível”), que durou 8 temporadas até 1975.

Considerada uma das séries mais violentas de sua época, a atração acompanhava as aventuras do investigador particular Joe Mannix (Mike Connors), de Los Angeles, que a cada episódio travava muitas brigas, perseguições de carros e tiroteios.

 

Oposto de “Mannix”, “Columbo” era uma série de investigação criminal que dava mais ênfase à ação intelectual, destacando a sagacidade do detetive vivido por Peter Falk. O ator encarnou o detetive de homicídios de Los Angeles Columbo de 1971 a 2003, um recorde, graças à quantidade de telefilmes que se seguiram ao desfecho oficial da série (originalmente exibida entre 1971 e 1978). O personagem e o programa acabaram revolucionando a TV, ao mostrar um formato de história invertida, que começa mostrando o crime e seu autor, antes da investigação de Columbo apontar o criminoso. Este formato acabou virando padrão e é usado até hoje em séries da franquia “Law & Order”, por exemplo.

 

A parceria de Link e Levinson também tendeu o sucesso de “Assassinato por Escrito” (Murder She Wrote), que fez sua estreia em 1984. A série estrelada por Angela Lansbury seguia a romancista de mistério Jessica Fletcher, que resolvia crimes como detetive amadora. Apesar dos executivos da rede lamentarem que o programa não tinha sexo, exibia pouca violência e sua protagonista era uma mulher de certa idade, a série foi extremamente popular e durou 12 anos.

 

Outras séries de televisão criadas por Link e Levinson incluem “Tenafly” (1973, um dos primeiros programas de TV com protagonistas afro-americanos), “Ellery Queen” (1975) e “Blacke’s Magic” (1986). Mas a parceria também se estendeu a vários telefilmes inovadores, incluindo “My Sweet Charlie” (1970) sobre a amizade entre uma fugitiva adolescente, branca e grávida e um advogado afro-americano injustamente acusado de assassinato; “That Certain Summer” (1972) um dos primeiros retratos simpáticos da homossexualidade na televisão e “A Execução do Soldado Slovik” (1974), um poderoso relato do único soldado dos EUA executado por deserção durante a 2ª Guerra Mundial. Os dois últimos filmes apresentaram o jovem Martin Sheen ao grande público.

Além de seu trabalho na televisão, Link e Levinson ainda escreveram roteiros de cinema, como os filmes de desastre “O Dirigível Hindenburg” (1975) e “Terror na Montanha Russa” (1977).

 

A dupla ainda escreveu o livro “Stay Tuned: An Inside Look at the Making of Prime-Time Television” (1981), um relato de bastidores da televisão de sua época, e compartilhou muitos reconhecimentos da indústria do entretenimento, incluindo dois Emmys, dois Globos de Ouro, um Peabody e inúmeros outros. Link e Levinson também foram introduzidos no Hall da Fama da Academia da Televisão em 1994.

O trabalho de argumentista rendeu-lhe dois prêmios Emmy e nove outras indicações. Tanto ele como Levinson estão incluídos no Hall of Fame da Academia de Artes e Ciências da Televisão desde 1994. A curta “Where Do the Balloons Go?” (2009) foi o seu último trabalho na escrita.

Link faleceu em 27 de dezembro de 2020 de insuficiência cardíaca congestiva em Los Angeles, aos 87 anos.

(Fonte: https://www.terra.com.br/diversao/cinema – DIVERSÃO / CINEMA / por Pipoca Moderna – 29 DEZ 2020)

(Fonte: https://c7nema.net/producoes – PRODUÇÕES / CINEMA / por JORGE PEREIRA – 29 DE DEZEMBRO, 2020)

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