Wander Taffo, considerado como a “Guitar Player”, um dos expoentes da guitarra no mundo,

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Wander Taffo (Pompéia, 17 de maio de 1954 – São Paulo, 14 de maio de 2008), músico e guitarrista. Considerado por publicações internacionais, como a “Guitar Player”, um dos expoentes da guitarra no mundo, Taffo era um dos sócios da EM&T (Escola de Música e Tecnologia).

No começo dos anos 80, Taffo estourou com a banda Rádio Táxi, que fez muito sucesso com a música “Eva”. Ele também fez parte de grupos como Made in Brazil, Secos & Molhados, Joelho de Porco, Gang 90, além de ter tocado com nomes como Rita Lee e Roberto de Carvalho.

Nascido no bairro da Pompéia (zona oeste de São Paulo), Taffo também foi professor de música. Sua primeira banda foi a banda Memphis, em 1973, quando tocava em bailes. O músico deixou a banda Rádio Táxi em 1986 para um trabalho solo. Chegou a receber o prêmio Sharp de Música na categoria “Revelação Pop Rock Masculino” por um solo gravado em Los Angeles, em 1989. No ano seguinte, Wander foi escolhido pela crítica como o melhor guitarrista do Brasil.

O músico também participava de projetos sociais, como a distribuição de agasalhos e alimentos para moradores de rua do centro de São Paulo. O guitarrista da banda Rádio Táxi planejava a volta da banda Taffo para julho de 2008.
(Fonte: www1.folha.uol.com.br – Folha Ilustrada – 14/05/2008)

Entre músicos, chamar Wander Taffo de guitarrista brilhante sempre foi pleonasmo. Pouquíssimos brasileiros foram tão longe como ele em técnica e sensibilidade. Somou arte, destreza e bom gosto em seu instrumento. Qualquer que fosse a banda, era fácil saber que era ele na guitarra. Criou um timbre, um peso e uma escala inconfundíveis.
Mas ele fez muito mais pela música do que tocar.

Montou uma das mais importantes escolas da América do Sul, propagou um novo método de ensino, abasteceu bandas brasileiras com talentos por todos os anos 90 em diante. Muitos de seus solos são objeto de análise teórica e prática.
Os únicos estigmas dos heróis da guitarra que carregava eram um cabelão e os inseparáveis óculos escuros. Sempre foi um artista modesto. Mesmo nos anos 80, quando explodiu com o Radio Taxi, continuava dando aulas, se apresentava em eventos beneficentes e fazia palestras para atrair jovens para a música.

Taffo era fã de Steve Morse, de quem sempre estudou a técnica, as escalas e de quem virou até amigo. Passou horas e mais horas estudando partituras de Morse, a quem humildemente chamava de “mestre”. Em shows do Radio Taxi, na segunda metade dos anos 80, era comum que a banda abrisse a apresentação com a instrumental e dificílima “Cruise Missile” (“The Introduction”). Também dedicou uma música ao ídolo, “Código Morse”.

Para fazer uma comparação entre gerações e instrumentos, Taffo está para a história da guitarra brasileira como um Altamiro Carrilho o está para a flauta transversal. Deixa dois filhos, viúva, amigos e uma escola que virou grife para qualquer currículo. E uma história que vale a pena lembrar.

(Fonte: www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada – RICARDO FELTRIN Editor-chefe da Folha Online – 14/05/2008)

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