Wallis Simpson, Duquesa de Windsor, foi esposa do Príncipe Eduardo VIII, Duque de Windsor.

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A americana que abalou um império

Wallis Simpson, Duquesa de Windsor (Blue Ridge Summit, Pensilvânia, 19 de junho de 1896 – Paris, 24 de abril de 1986), socialite americana, foi esposa do Príncipe Eduardo VIII, Duque de Windsor.

Nos últimos dez anos, ela vivia presa a uma cadeira de rodas ou recolhida ao leito. Não recebia visitas nem jornalistas e era incapaz de manter um diálogo coerente. Inválida e com arteriosclerose, nem de longe lembrava a mulher que há cinquenta anos abalou a monarquia britânica por causa de seu romance com o príncipe de Gales e mais tarde rei – por apenas dez meses – Edward VIII.

A senhora Wallis Simpson, duquesa de Windsor, morreu no dia 24 de abril de 1986, em Paris, aos 89 anos, vítima de broncopneumonia. Por causa dela, Edward VIII abdicou da Coroa da Inglaterra, trocando as honras do trono por uma vida de auto-exílio, até sua morte, em 1972.

A abdicação, anunciada em 10 de dezembro de 1936, aconteceu numa época em que a sociedade e a corte britânica seguiam padrões de conduta muito mais rígidos, e Wallis, além de americana e plebeia, vinha de dois casamentos malsucedidos. Hoje, dificilmente se toleraria que o príncipe Charles, herdeiro do trono, se casasse com uma mulher divorciada duas vezes. Mas também seria impensável, há meio século, o romance que a Inglaterra está curtindo no momento, entre o príncipe Andrew, irmão de Charles, quarto na linha de sucessão ao trono, e sua noiva, Sarah Ferguson. Ninguém poderia imaginar uma futura princesa da família real fotografada, como aconteceu com Sarah, enrolando um cigarro. Ela também não escondeu de ninguém que, antes de conhecer Andrew, durante quatro anos viveu com um viúvo de 48anos, Paddy McNally. Nem por isso Sarah – que já teve seu casamento anunciado para julho de 1986 – deixou de ser aceita pela família real. Com Wallis Simpson, a reação foi muito diferente.

NEM UMA XÍCARA DE CHÁ – “Aquela mulher”, como a ela se referiam com desprezo os membros da realeza, jamais foi admitida no círculo da família. Mesmo na morte do duque, a viúva ficou apenas algumas horas na Inglaterra para o enterro, não aceitando um convite para pernoitar no Palácio de Buckingham. “Não houve tempo nem para uma xícara de chá”, comentou na época o jornal Daily Mirror.

Na verdade, a vida de Wallis e seu duque nunca foi o conto de fadas que a imprensa costumava rotular de “romance do século”. Biógrafo do casal contam que a duquesa era uma mulher dominadora, que gostava de humilhar o marido na frente dos outros. Amigos e empregados do casal contam que eles viviam mergulhados num mundo de frivolidades. A única ocupação que o duque teve, após a abdicação, foi a de governador das Bahamas, então uma possessão inglesa, durante quatro anos, a partir de 1940. Não se tratou de honraria. Foi a forma encontrada pelo primeiro-ministro Winston Churchill para manter o casal longe da Europa após seus desconcertantes contatos com Adolf Hitler, em 1937, e mais tarde com emissários do ditador por quem o duque nutria indisfarçável admiração. Após a guerra, a vida de ambos são anos seguidos de recepções na elegantíssima mansão do casal, no Bois de Boulogne, em Paris, e longas viagens pelo mundo.

“PESSOAS INFELIZES” – “Eles eram pessoas infelizes”, revela uma secretária particular, entrevistada pelo jornal americano The New York Times, que preferiu ficar no anonimato. Segundo ela, o duque nunca bebia nada antes das 19 da noite. Depois, não havia limites. “As vezes o barulho das brigas entre eles, embriagados, era insuportável”, conta a secretária.

A frieza da família real comWallis Simpson não foi quebrada nem no sepultamento. Por decisão da rainha Elizabeth II, o corpo não foi velado em cerimônia pública e só a família teve acesso ao ofício fúnebre. Houve uma única concessão: ela foi sepultada no cemitério de Frogmore, perto do Castelo de Windsor, ao lado do túmulo do duque.
(Fonte: www.guiadoscuriosos.com.br – 2 de junho de 2011)
(Fonte: Veja, 7 de junho, 1972 – Edição n° 196 – INTERNACIONAL/ Inglaterra – Pág; 40/41)
(Fonte: Veja, 30 de abril, 1986 – Edição n° 921 – INTERNACIONAL/ Inglaterra – Pág; 50)

Um amor real

O duque de Windsor e Wallis: união controvertida

O casamento que estremeceu as bases do império britânico e passou à posteridade como o caso do rei que abdicou do trono para seguir os caminhos do coração e casar-se com uma plebeia.

A história do duque de Windsor e de sua mulher, Wallis Simpson, costuma eletrizar, com intensidade, estudiosos da História da Inglaterra.

O príncipe Edward Albert Christian George Andrew Patrick David, filho do rei George V, era herdeiro do trono britânico. Certo dia, conheceu uma mulher que transformaria sua vida: a americana Wallis Simpson.

A família real britânica assistiu estarrecida à verdadeira obsessão que o príncipe passou a dedicar a Wallis.

Além de plebeia, ela já estava no segundo casamento e tinha um passado recheado de casos amorosos fortuitos. Era impensável que o futuro rei da Inglaterra escolhesse personagem tão controvertida para ser sua rainha.

O príncipe comprou a briga. Mesmo coroado rei, em 1936, com o nome de Eduardo VIII, insistiu na união com Wallis até ser forçado a abdicar do trono em favor do irmão, um ano depois, para viver uma vida de exílio e badalação. O duque morreu em 1972 e Wallis em 1986.
(Fonte: Veja, 21 de novembro de 1990 – Edição n° 1 158 – ANO 23 – N°47 – LIVROS/ Por Rinaldo Gama – Pág; 96)

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