Vicente do Rego Monteiro, pintor e poeta brasileiro

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Vicente do Rego Monteiro (Recife, 19 de dezembro de 1899 – Recife, 5 de junho de 1970), pintor brasileiro.

De 11 a 18 de fevereiro de 1922, Vicente do Rego Monteiro, junto a Brecheret, Anita Malfatti, Di Cavalcanti e outros artistas, enfrentou as vaias do povo no saguão do Teatro Municipal de São Paulo. Era um dos líderes da tumultuada Semana da Arte Moderna e apresentava uma série de quadros cubistas que também foram violentamente atacados pela imprensa.

Depois, durante quase cinquenta anos iria viver em Paris e no Recife, mais na França que no Brasil apontado como grande pintor e poeta.

Rego Monteiro, artista da vanguarda brasileira e de nome internacional. Respeitado em Paris como pintor e poeta (em 1960 recebeu o Prêmio Guillaume Apolinaire, como poeta), a injustiça brasileira sempre o desgostou. “Nunca fugi do Brasil”, desabafou no depoimento para o Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro, em 1969. Não fugiu nem esqueceu sua terra de origem. Como pintor, tanto no cubismo da primeira fase como na pintura posterior, mais pessoal e simplificada, sempre tratou de temas brasileiros (lendas amazônicas, índios, negros e madonas barrôcas). Quem afirma isso são os críticos franceses, como Jean Cassou: “O Brasil nunca deixou de manifestar-se na obra de Rêgo Monteiro”.

Quando morreu, no dia 5 de junho de 1970, no Recife, com 71 anos, Rêgo Monteiro não era mais o artista da vanguarda brasileira e de nome internacional; era simplesmente um homem esquecido. Nesse mesmo dia estava com viagem marcada para Brasília: ia tratar de uma retrospectiva de sua obra para ver se, finalmente, teria o nome ao lado de Tarsila Amaral e Ismael Nery – outros artistas da “educação europeia” tão combatida pelos conservadores e que nos últimos anos foram redescobertos e reavaliados.

(Fonte: Zero Hora – ANO 49 – N° 17.299 – 18 de fevereiro de 2013 – Hoje na História – Almanaque Gaúcho/ Por Ricardo Chaves – Pág; 50)
(Fonte: Veja, 17 de junho de 1970 – Edição n° 93 – ARTE – Pág; 80)

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