Tony Mendez, espião veterano da Agência Central de Inteligência americana (CIA) que inspirou filme ‘Argo’, interpretado por Ben Affleck

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Espião da CIA que inspirou filme ‘Argo’

 

Tony Mendez foi interpretado por Ben Affleck no longa de 2012.

 

 

Ben Affleck interpreta o agente da CIA Tony Mendez em ‘Argo’ — (Foto: Divulgação)

 

 

Tony Mendez: espião da CIA que resgatou diplomatas no Irã fingindo ser cineasta e inspirou filme ‘Argo’, de Ben Affleck

 

Resgate cinematográfico

 

 

 

Antonio Joseph “Tony” Mendez (Eureka, Nevada, 15 de novembro de 1940 – Frederick, Maryland, 19 de janeiro de 2019), espião veterano, ex-agente da Agência Central de Inteligência americana (CIA), que planejou uma engenhosa operação de resgate de diplomatas americanos no Irã em 1980 e que inspirou o filme “Argo”.

 

O ex-agente da CIA Tony Mendez, que inspirou o filme Argo, vencedor do Oscar em 2013, ficou conhecido por liderar missão que salvou seis diplomatas após tomada da Embaixada americana em Teerã na Revolução Iraniana.

 

Enquanto foi agente da CIA, a agência central de inteligência dos Estados Unidos, Mendez se especializou em disfarces, falsificações e resgates.

 

 

Sua missão mais famosa foi em 1980, quando posou de cineasta fazendo um filme no Irã e conseguiu resgatar seis diplomatas americanos que estavam ilhados na Embaixada canadense em Teerã.

 

 

Os americanos estavam abrigados ali depois que um grande grupo de estudantes e militantes islâmicos atacou a Embaixada dos Estados Unidos, mantendo 52 funcionários e diplomatas americanos como reféns – causando uma grave crise diplomática entre EUA e Irã.

 

 

A Embaixada americana foi tomada por 444 dias. Os estudantes, que apoiavam a Revolução Iraniana de 1979, exigiam que os EUA entregassem o xã do Irã para que este fosse levado à julgamento. O auge da crise veio em abril de 1980, quando os EUA tentaram resgatar os reféns em uma fracassada operação militar – que resultou na morte de 8 soldados e um civil iraniano.

 

 

Mendez conseguiu contrabandear os diplomatas que estavam na Embaixada canadense dando-lhes passaportes do Canadá e ensinando-os a posar de membros da equipe que estava no país fazendo um filme de ficção científica (que não existia), chamado “Argo”.

 

 

Com ajuda do Canadá, o grupo conseguiu enganar a segurança iraniana e embarcar em um voo para Zurique, na Suíça.

 

 

Ele ficou conhecido como o espião que tirou seis funcionários do Departamento de Estado americano de Teerã durante a crise dos reféns no Irã de 1979-1981, fazendo com que acreditassem que se tratava de uma equipe de filmagem canadense.

 

 

Sua história ficou famosa no filme “Argo” de 2012, em que Tony foi interpretado pelo ator Ben Affleck. O longa ganhou três Oscars: melhor filme, melhor roteiro adaptado e melhor edição.

 

 

Mendez, autor de três livros e responsável por orquestrar a operação, se transformou em uma celebridade depois do filme e manteve sua doença com discrição. No entanto, em um simpósio da Fundação Focused Ultrasound, uma organização que colabora na busca por tratamentos contra a doença, ele decidiu falar publicamente sobre o caso ao lado de sua mulher, Jonna Hiestand, também ex-agente da CIA.

Ele trabalhava como desenhista quando foi recrutado pela CIA em 1965 e dirigiu um estúdio de arte depois de se aposentar. “Sempre me considerei um artista primeiro”, ele disse certa vez, relembrando sua carreira, “e durante 25 anos eu fui um bom espião.”

Depois de passagens pelo Laos, Índia e União Soviética, ele estava servindo como chefe de disfarce da CIA quando a embaixada dos Estados Unidos em Teerã foi tomada por um grupo militante iraniano em 4 de novembro de 1979. O ataque veio meses após a revolução islâmica forçar o líder do país, o xá apoiado pelo Ocidente, a deixar o país e o substituir pelo clérigo aiatolá Ruhollah Khomeini.

Sessenta e seis americanos, incluindo seis agentes da CIA, foram feitos reféns, enquanto outros seis diplomatas americanos conseguiram escapar da captura e abrigaram-se nas casas de dois canadenses, o embaixador Ken Taylor e o funcionário da embaixada John Sheardown.

Nos 444 dias que se seguiram, a crise dos reféns atraiu uma cobertura noticiosa incansável, enfraqueceu a presidência de Jimmy Carter e resultou na morte de oito membros do serviço durante uma fracassada missão de resgate no deserto iraniano. Mendez completou sua operação de resgate em 28 de janeiro de 1980, mas demorou mais um ano até que os últimos 52 reféns fossem libertados, no dia da posse de Ronald Reagan, em janeiro de 1981.

‘Antes de tudo, um artista’

 

Nascido em 1940, Mendez trabalhou como desenhista após se formar, e entrou na CIA depois de responder a um anúncio misterioso que procurava um artista gráfico.

 

Em sua carreira de 25 anos, ele trabalhou com maquiadores e especialistas em efeitos especiais de Hollywood para aperfeiçoar disfarces e falsas identidades.

 

Serviu em diversos postos no exterior, a maioria na Ásia.

 

Quando salvou os diplomatas americanos no Irã, em 1980, ele os ajudou a fingir que eram canadenses produzindo um filme de ficção científica (que não existia), chamado Argo.

 

Os funcionários do governo americano estavam abrigados na embaixada canadense em Teerã após uma multidão enfurecida ter atacado a embaixada americana na capital iraniana.

 

Com ajuda do Canadá, o grupo conseguiu enganar a segurança iraniana e embarcar em um voo para Zurique, na Suíça.

 

Depois de se aposentar da CIA, Mendez abriu um estudo de arte e escreveu suas memórias sobre as experiências que teve como agente do governo.

 

“Eu sempre me considerei, antes de tudo, um artista”, disse ele certa vez ao jornal americano The Washington Post. “E, por 25 anos, também fui um ótimo espião.”

Tony Mendez morreu em 19 de janeiro de 2019 em um centro de cuidados paliativos.

Ben Affleck, que dirigiu e atuou no filme Argo, que conta a história, disse que Mendez é um “verdadeiro herói americano”.

“Ele era um homem de graça, decência, humildade e gentileza extraordinárias”, disse Affleck em um post no Twitter.

“Ele nunca buscou fama por suas ações, apenas queria servir o seu país.”

 

O ex-diretor da CIA Michael Morell disse que ex-agente “era um dos melhores oficiais que a CIA já teve.”

“Seu trabalho era único, e ajudou a proteger nossa nação significativamente.”

Christy Fetcher, agente literário de Mendez, disse que ele morreu “cercado pelo amor de sua família” e que “fará muita falta”.

(Fonte: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2019/01/20 – MUNDO / NOTÍCIA / Por G1 – 20/01/2019)

(Fonte: https://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/bbc/2019/01/21 – ÚLTIMAS NOTÍCIAS – 21/01/2019)

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