Tomás Borge, lutou contra a dinastia dos Somoza, derrubada em 1979 através da Revolução Sandinista.

Tomás Borge (13 de agosto de 1930 – Manágua, 30 de abril de 2012), fundador da ex-guerrilheira Frente Sandinista de Libertação Nacional da Nicarágua (FSLN) e uma figura controversa na Nicarágua.

Atual embaixador da Nicarágua no Peru, o comandante Borge foi o único dos fundadores da Frente Sandinista a sobreviver à revolta popular que a FSLN liderou, em 1979, contra a sangrenta dinastia dos Somoza, que governou a Nicarágua durante quase meio século.

Borge foi membro da poderosa Direção Nacional da FSLN, que conduziu o processo revolucionário após a queda da ditadura, e ocupou o ministério do Interior durante uma década de governo sandinista (1979-1990).

Tomás Borge, morreu dia 30 de abril de 2012, aos 81 anos, no hospital militar Dávila Bolaños, de Manágua, após permanecer quase um mês hospitalizado por uma complicação pós-operatória nos pulmões.

– É com profunda dor que estamos comunicando o fim da vida terrena e frutífera vida revolucionária do comandante Tomás Borge – disse a primeira-dama e porta-voz do governo, Rosario Murillo.

O presidente nicaraguense, Daniel Ortega, decretou três dias de luto nacional, suspendeu as atividades previstas pelo Dia dos Trabalhadores e convocou os dirigentes sandinistas ao Palácio Nacional para prestar homenagem a Borge.
(Fonte: www.zerohora.clicrbs.com.br/rs – Memória – ANO 48 – Edição n° 17.002 – 05/05/2012)
(Fonte: www.noticias.terra.com.br/mundo/noticias – 1° de maio de 2012)

Tomás Borge Martínez, fundador da governante Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN) e uma figura controversa na Nicarágua.

Ele era o último fundador do movimento sandinista, que derrubou a ditadura do país em 1979, ainda vivo.

Nascido em 1930, Tomás Borge logo se envolveu na luta contra a dinastia dos Somoza, derrubada em 1979 através da Revolução Sandinista. Nos anos 80 fez parte do governo revolucionário, como temido ministro do Interior.

Um fato que muitos nicaraguenses ainda não perdoaram, por causa das violações aos direitos humanos e a perseguição política feita aos “adversários da revolução”.

Após a derrota do FSLN, em 1990, Borge sempre esteve envolvido com a política nacional, seja como analista, como deputado ou como membro fundador do movimento sandinista. Foi também, até adoecer, embaixador da Nicarágua no Peru.

Nos últimos anos de vida, protagonizou escândalos de corrupção, assim como a cúpula de seu partido. Investigações jornalísticas mostraram que Borges capitalizou em US$ 2,3 milhões a venda de propriedades adquiridas através da chamada “la piñata” (quando líderes da revolução tomaram propriedades estatais após a derrota eleitoral de 1990).

Uma clínica privada estreitamente ligada a ele recebeu US$ 1,6 milhões em créditos da previdência social nicaraguense.

Na Nicarágua, Borge é associado à chamada oligarquia orteguista, como são chamados os funcionários do governo Ortega que guerrilharam contra a ditadura e que são acusados de enriquecer às custas do Estado.
(Fonte: http://oglobo.globo.com/mundo – MANAGUA, Nicarágua — 1° de maio de 2012)