Steve Ditko, desenhista e roteirista, lendário quadrinista foi criador de personagens como Homem-Aranha e Doutor Estranho ao lado de Stan Lee

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Foi um dos criadores do Homem-Aranha

 

Stephen “Steve” J. Ditko (Johnstown, Pensilvânia, 2 de novembro de 1927 – 27 de junho de 2018), desenhista e roteirista americano, lendário quadrinista, foi criador de personagens como Homem-Aranha e Doutor Estranho ao lado de Stan Lee.

 

Discreto na vida midiática, Ditko era o mestre da estravagância das cores, principalmente quando o assunto era sua segunda mais famosa criação, novamente ao lado do gênio Stan Lee, o Doutor Estranho, personagem que ganhou carne e osso nos cinemas recentemente, interpretado pelo britânico Benedict Cumberbatch.

 

Mas, antes, voltemos ao Homem-Aranha, criação ao lado de Stan Lee, cuja primeira aparição se deu em Amazing Fantasy, de 1962. Ditko não era a primeira opção de Lee para a criação e concepção do personagem. A princípio, o então editor-chefe da Marvel convocou o parceiro Jack Kirby para a função – outro lendário artista que deu forma a nomes como Capitão AméricaQuarteto FantásticoHulk X-Men. Os esboços de Kirbysobre esse herói adolescente com poderes de aranha não agradaram Lee que, então, apelou para Ditko.

 

Estão na conta do artista, por exemplo, a ideia dos atiradores de teia que o personagem usa até hoje – embora a versão dos cinemas dirigidas por Sam Raimi tenham criado os “lançadores orgânicos”, como se o corpo de Peter Parker produzisse as próprias teias. Ditko também é responsável por criar o visual mais clássico do simpático Cabeça de Teia, como o personagem é chamado pelos fãs, e, principalmente, pelo visual do uniforme com as cores azul e vermelho, que se mantém até hoje no visual do personagem.

 

Doutor Estranho é o segundo trabalho mais importante – em termos de popularidade – do artista nascido em 2 de novembro de 1927, na cidade de Johnstown, no estado da Pennsylvania, nos Estados Unidos. Um ano depois de estrear Homem-AranhaDitko se colocou a pensar no visual de Estranho, o médico que, por conta de um acidente, perde parte dos movimentos das mãos e acaba por se tornar um mago.

 

Com o a chegada do fim dos anos 1960 e da psicodelia, Ditko se permitiu criar ambientes e cenários místicos, psicodélicos e, por vezes, surrealistas para o personagem que vaga por diferentes realidades paralelas e universos próprios.

 

Ditko era um ilustrador da Marvel Comics quando, em 1961, recebeu o pedido do editor chefe, Stan Lee, para ajudar a criar o que viria a ser o Homem-Aranha, um herói adolescente com poderes aracnídeos.

 

Em 1961, Ditko foi o responsável por dar uma cara ao personagem que Lee queria criar – um herói adolescente com poderes de aranha – desenvolvendo o uniforme e estabelecendo que suas cores seriam vermelho e azul. A primeira aparição do personagem se deu no ano seguinte, na revista Amazing Fantasy No. 15, e ele fez tanto sucesso que ganhou da Marvel uma revista própria. O artista colaborou com a publicação até a edição 38 de The Amazing Spider-Man.

 

 

 

Steve Ditko, foi um dos criadores do Homem-Aranha

Edição Amazing Fantasy #15, de agosto de 1962

 

 

 

Com isso, todo o visual do personagem é criação sua, desde o uniforme azul e vermelho até o lançador de teias. Além do herói, ele ajudou a elaborar diversos de seus vilões, como Doutor Octopus, Homem-Areia, Lagarto e Duende Verde.

Em pouco tempo, o personagem se tornou um dos mais conhecidos e rentáveis da editora.

Dois anos depois, também ao lado de Lee, Ditko criou o psicodélico Doutor Estranho, um mago que protege o planeta de ameaças místicas.

Em 1963, ajudou a criar o Doutor Estranho, trabalhando com o herói da edição 110 até a 146 da revista Strange Tales, mas logo depois deixou a Marvel – houve uma briga com Stan Lee, mas até hoje não se sabe ao certo os motivos do atrito. Especula-se que o artista estava frustrado com o fato de que Lee nem sempre reconhecia que ele havia ajudado na criação dos dois personagens.

O ilustrador deixou a Marvel após uma briga com Lee, e a dupla ficou sem se falar por anos, mas a causa da separação nunca foi revelada.

Ditko mudou-se para DC Comics em 1968, onde viria a criar o Rastejante e a dupla Rapina e Columba.
Ditko trabalhou com outras editoras, como Charlton e DC Comics, e chegou a voltar à Marvel em 1979 e na década de 1990 como freelancer.

Depois de alguns anos trabalhando para outra editoras, entre elas a rival DC, Ditko retornou à Marvel em 1979, e continuou na empresa como freelancer nos anos 1990. Lá, uma de suas últimas criações é a Garota-Esquilo, que se tornou mais popular recentemente.

Recluso, o americano é comparado ao escritor J. D. Salinger, que também evitava a fama. Tanto que, depois de 1970, Ditko raramente deu entrevistas, e até ficou de fora das campanhas de divulgação dos filmes do Homem-Aranha e do Doutor Estranho.

Em 2007, Steve Ditko foi tema do documentário In Search of Steve Ditko, produzido pelo jornalista Jonathan Ross.

É Stan Lee quem aparece em quase todos os filmes da Marvel Comics, sempre como um agrado aos fãs que reconhecem o icônico criador de personagens importantes das HQs. Mas Lee quase nunca esteve sozinho nessa empreitada de criar esses heróis. Às vezes, os ilustradores e desenhistas não queriam os holofotes. Era o caso do grande Steve Ditko.

Pouquíssimo midiático, Ditko era uma incógnita. A verdade, inclusive, é que não se sabe se ele sequer foi casado – ou se tinha herdeiros, inclusive. Sua morte também é misteriosa. Ditko morreu ainda em 29 de junho, uma quinta-feira. Seu corpo, contudo, foi encontrado por um assistente social que, ao perceber o sumiço do artista, foi até seu apartamento, em Nova York, para encontrá-lo.

Steve Ditko morreu aos 90 anos. Quadrinista foi encontrado em seu apartamento em Nova York.
O médico legista que examinou o corpo do artista identificou a causa da morte como um ataque cardíaco causado pelo entupimento das artérias.

(Fonte: https://g1.globo.com/pop-arte/noticia- POP & ARTE – NOTÍCIA / Por G1 – 06/07/2018)

(Fonte: https://veja.abril.com.br/entretenimento – ENTRETENIMENTO / Por Redação – 6 jul 2018)

(Fonte: https://cultura.estadao.com.br/noticias/literatura – NOTÍCIAS / LITERATURA / Por Pedro Antunes, O Estado de S.Paulo – 06 Julho 2018)

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