Sílvio Caldas, cantor e compositor representante da primeira geração de grandes cantores brasileiros

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Sílvio Caldas: era dos grandes

Silvio Caldas

Silvio Caldas, representante da 1ª geração de grandes cantores brasileiros

 

 

Sílvio Antônio Narciso de Figueiredo Caldas (Rio de Janeiro, 23 de maio de 1908 – Atibaia, 3 de fevereiro de 1998), cantor e compositor brasileiro.

 

Mito da música popular brasileira entre os anos 30 e 50 e co-autor, com Orestes Barbosa, do clássico ”Chão de Estrelas”, Caldas cantou profissionalmente desde os anos 20, gravou dezenas de sucessos radiofônicos: ”Serra da Boa Esperança” (de Lamartine Babo), ”Faceira” (Ary Barroso), ”No Rancho Fundo” (Lamartine e Ary), ”Maringá” (Joubert de Carvalho) e ”Pierrot” (Joubert e Paschoal Carlos Magno).

 

Cantando profissionalmente desde os anos 20, Silvio Caldas dividiu um cenário disputado com Orlando Silva, Francisco Alves e Carlos Galhardo.

 

Cravou dezenas de sucessos radiofônicos: “Serra da Boa Esperança” (de Lamartine Babo), “Faceira” (Ary Barroso), “No Rancho Fundo” (Lamartine e Ary), “Maringá” (Joubert de Carvalho), “Pierrot” (deste e de Paschoal Carlos Magno).

 

 

Gravou Pixinguinha, Noel Rosa, Ataulfo Alves, Pedro Caetano, Tom Jobim e Vinicius de Moraes.

 

O cantor Sílvio Caldas, representante da primeira geração de grandes cantores brasileiros, que viveu o auge de sua carreira entre os anos 30 e 40. Criador de sucessos imortais como Chão de Estrelas, parceria com Orestes Barbosa (1893-1966), era um seresteiro que valorizava as melodias, alongando as notas finais de cada frase.

 

Ao lado de Orlando Silva, Carlos Galhardo e Francisco Alves (1898-1952), foi representante de um tipo de interpretação que pertenceu a era do rádio. Com a evolução dos estúdios de gravação, o fim dos programas ao vivo e o surgimento da bossa nova, vozeirões como o do “Caboclinho Querido” perderam espaço. Dono de uma saúde invejável, que o levou a reconsiderar por diversas vezes a aposentadoria, o cantor sofreu o último ano com crises de depressão e anorexia.

 

Do disco, afastou-se há mais tempo -não gravava havia 19 anos; lançara dezenas de discos de 78 rotações e LPs e gravara duetos com cantoras como Carmen Miranda e Elizeth Cardoso.

 

Hipoteca 
Em 1983, Caldas hipotecou a propriedade. “A dívida inicial era de R$ 44 mil, o resto são juros acumulados nesses anos todos, mudança de moeda…”, afirmou sua mulher, Miriam, 50.
Vivia de R$ 900 mensais de aposentadoria como compositor e remessas referentes a direitos autorais que chegam a R$ 2.500 por semestre, segundo Miriam.

 

Sílvio Caldas nasceu no Rio de Janeiro e morreu em Atibaia, São Paulo, onde morava há quatro décadas, no dia 3 de fevereiro de 1998, aos 89 anos, de insuficiência cardiorrespiratória.

 

O cantor carioca Silvio Caldas morreu ontem, às 17h30, em Atibaia (65 km ao norte de São Paulo), onde morava havia mais de quatro décadas. Ele tinha 89 anos e teria morrido de insuficiência pulmonar (a causa não foi divulgada até a conclusão desta edição).
Folha entrevistou o cantor há dez dias, no sítio em que ele morava com a mulher, Miriam, 50, os filhos Roberto, 21, Camila, 20, e o neto Vinícius, 2, filho de Camila.
Enfraquecido por uma cirurgia no joelho que sofreu há três meses, depois de uma queda, havia sido forçado a parar de beber -então, parou também de se alimentar.
Há dois anos, quando do lançamento da caixa de CDs “O Caboclinho Querido”, ele afirmou à Folha que havia tomado durante o dia oito doses de uísque e que chegaria a 16 até a noite.
Ultimamente, quase não falava mais, se comunicando principalmente por meio de sinais. Preferia fazer sinais de “positivo” e “mais ou menos” com a mão e permanecia o dia inteiro deitado.
“Não estou triste, estou doente. Sinto até caxumba”, disse no último dia 26.
Mito da música popular brasileira entre os anos 30 e 50 e co-autor, com Orestes Barbosa, do clássico “Chão de Estrelas”, estava internado desde a última sexta-feira na Clínica de Repouso Elo, onde morava havia mais de quatro décadas.
O sítio em que morava, que já foi a leilão várias vezes, está agora à venda por conta de uma dívida de R$ 295 mil junto à Caixa Econômica Federal, que o artista não tinha como pagar.

 

(Fonte: Correio do Povo – Ano 116 – Nº 126 – CRONOLOGIA/ Por Renato Bohusch – O dia 3 de fevereiro na história – Geral – 3 de fevereiro de 2011 – Pág; 16)
(Fonte: Veja, 11 de fevereiro, 1998 – ANO 31 – N° 6 – Edição 1533 – DATAS – Pág; 65)

(Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/fsp/ilustrada / ILUSTRADA / PERSONALIDADE / PEDRO ALEXANDRE SANCHES  da Reportagem Local – São Paulo, 4 de fevereiro de 1998)

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