Severino Araújo, maestro pernambucano da mais longeva orquestra de bailes do país, a Tabajara.

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O compositor e clarinetista foi o nome por trás da Orquestra Tabajara

 

Severino Araújo: 95 anos dedicados à música – (Foto: Analucia Limp / Divulgação)

 

 

Severino Araújo de Oliveira (Limoeiro, 23 de abril de 1917 – Rio de Janeiro, 3 de agosto de 2012), regente, instrumentista, clarinetista, compositor e maestro pernambucano da Orquestra Tabajara.

O pernambucano Severino Araújo maestro da mais longeva orquestra de bailes do país, a Tabajara.

Filho de um mestre de banda de Limoeiro (PE), Araújo aprendeu música desde a infância, inicialmente como clarinetista, e assumiu o comando da Orquestra Tabajara em 1938, quatro anos após sua criação, em João Pessoa.

Liderou por quase seis décadas o conjunto, até que um problema na perna o deixou com dificuldades de locomoção e o fez passar o comando para seu irmão Jaime Araújo.

O maestro Severino Araújo – que foi por 74 anos o nome por trás do sucesso da Orquestra Tabajara – Nasceu na cidade pernambucana de Limoeiro, Severino Araújo aprendeu o ofício em casa. Seu pai, José Severino de Araújo, o Mestre Cazuzinha, autodidata, era regente de bandas de música e compositores. Aos oito anos, já ajudava o pai em suas aulas de música. Com apenas 12 anos, fez o seu primeiro arranjo. Logo se tornou um apaixonado pelas big bands americanas, que ouvia em lojas de discos ou através de rádios de ondas curtas. Aos 16, iniciou sua carreira artística tocando clarinete e fazendo arranjos para a banda da cidade de Ingá, para onde a família se mudara. Sua fama se espalhou, e, em 1936, foi convidado para integrar como primeiro clarinetista a banda da Polícia Militar de João Pessoa, para onde se mudou.

Em 1936, entrou para a Orquestra Jazz Tabajara — logo depois rebatizada para Orquestra da Rádio Tabajara, na época comandada pelo maestro Luna Freire. Músico jovem e talentoso, foi convidado a integrar o grupo, estreando ao saxofone. Com a morte de Luna Freire, em 1938, Araújo assumiu o comando do grupo, levando seus irmãos, o trombonista Manuel, o baterista Plínio, e os saxofonistas Zé Bodega e Jaime.

Em 1943, foi convocado para o Exército, indo servir durante um ano na cidade de Aldeia, no interior de Pernambuco. Nessa época, compôs “Um chorinho em Aldeia”, que se tornaria o seu primeiro sucesso popular. No ano seguinte, foi convidado para se apresentar na Rádio Tupi, no Rio. Por seu perfil, que unia sofisticação e apelo dançante, e também pelo repertório abrangente, a Orquestra Tabajara — como ficou conhecida — passou a ser chamada para animar salões populares e de elite.

Nesse período, o grupo foi contratado pela gravadora Continental, através da qual gravou seus primeiros discos. Em 1946, a orquestra — que teve Jackson do Pandeiro como integrante — fazia cerca de 32 bailes por mês. Logo, ela se tornou um ícone nacional ao emprestar o sotaque musical brasileiro à formação clássica das big bands americanas. Benny Goodman, Tommy Dorsey, Glenn Miller foram algumas das maiores influências do maestro.

Em 1951, Araújo e sua orquestra se apresentou com o próprio Dorsey nas festividades de inauguração da TV Tupi. No ano seguinte, o grupo viajou para a França, acompanhado do vocalista Jamelão para fazer uma apresentação de carnaval em Paris. O sucesso fez com que os músicos ficassem um ano na capital francesa. Nos anos 1960, a orquestra teve passagens pela Rádio Nacional e pela TV Tupi.

No livro “Orquestra Tabajara de Severino Araújo” (Companhia Editora Nacional), lançado em 2009, o escritor Carlos Coraúcci lembra que a orquestra passou por diversos movimentos musicais e momentos da MPB — bossa nova, era dos festivais, tropicalismo, rock etc — convivendo com eles e se adaptando.

Quando reduziu suas atividades, nos anos 1970, a orquestra cedeu músicos para gravações de várias estrelas da MPB, como Chico Buarque, Roberto Carlos e Tim Maia. Nos anos 1980, a recuperação veio com as domingueiras no Circo Voador, que se tornaram bastante populares, atraindo um novo público para a música de Araújo e seus comandados. Ao longo de sua trajetória, a Orquestra Tabajara lançou mais de cem discos, entre discos de 78 rotações, LPs e CDs.

Os integrantes se orgulham de muitos recordes: é a orquestra mais antiga em atividade no país. Severino é o músico que mais tempo dedicou a uma só banda: 74 anos. Em 2006, seu irmão Jayme Araújo assumiu o comando do grupo.

Severino Araújo faleceu de insuficiência respiratória no Rio de Janeiro, em 3 de agosto de 2012, aos 95 anos de idade. Ele foi internado no hospital Ipanema Plus, por complicações de diabetes e problemas renais.

— Vamos tentar fazer alguma homenagem no Circo Voador, que foi a segunda casa dele por tanto tempo — conta o neto Igor Araújo, baixista do Monobloco, referindo-se às Domingueiras Voadoras realizadas pela orquestra por muitos anos.

(Fonte: https://oglobo.globo.com/cultura – CULTURA /  POR CARLOS ALBUQUERQUE – 
(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada – Do Rio de Janeiro – 03/08/2012)
(Fonte: Zero Hora – ANO 49 – N° 17.104 – MEMÓRIA – 04/08/2012)

 

 

 

 

 

Severino Araújo, maestro da Orquestra Tabajara.

Severino esteve à frente da Orquestra Tabaja por mais de 60 anos. Há cinco anos Jaime Araújo assumiu o lugar do irmão no comando e administração do grupo.

Severino Araújo morreu dia 3 de agosto de 2012, aos 95 anos, em decorrência de falência de múltiplos órgãos. Severino estava internado no hospital Ipanema Inn, localizado na zona sul do Rio de Janeiro.
(Fonte: http://musica.uol.com.br/noticias/redacao/2012/08/03 – Renato Damião/ Do UOL, no Rio de Janeiro – 3 de agosto de 2012)

 

 

 

 

O pai de Severino Araújo era mestre de banda em Limoeiro (PE), e foi quem deu as primeiras noções de música. Ainda criança, adotou a clarineta como instrumento favorito. Na década de 30 mudou-se para João Pessoa, onde foi clarinetista da banda da polícia. Em 1936 escreveu o choro “Espinha da Bacalhau”, uma de suas composições mais famosas.

Ainda na Paraíba, foi regente da orquestra da Rádio Tabajara, e com alguns integrantes dela partiu para o Rio de Janeiro no final dos anos 30. Apenas em 1945 a Orquestra adotou oficialmente o Rio de Janeiro como sua sede.

Inspirada nas big bands norte-americanas, a Orquestra anima bailes, festas e gafieiras desde os anos 40 até hoje, totalizando mais de 13 mil apresentações. Além de atuar em bailes e festas, a Orquestra Tabajara trabalhava em emissoras de rádio. Com grande popularidade, a Orquestra gravou mais de 100 discos de 78 rpm, batendo recordes de longevidade, além de alicerçar o trabalho de cantores como Jamelão, com quem gravou dois discos-tributos a Lupicínio Rodrigues. Durante a existência do Circo Voador, no Rio de Janeiro, a Tabajara era a atração tradicional dos domingos, com a Domingueira Voadora. O repertório é composto tanto de clássicos do jazz e da canção norte-americana quanto de temas da música brasileira. Severino Araújo, que foi aluno de Koellreuter, é autor de várias músicas executadas pela Orquestra, e comemorou seus 80 anos ainda à frente do grupo, regendo e ensaiando.
(Fonte: http://cliquemusic.uol.com.br/artistas)

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