Saudade dos Santos, fadista foi criadora de vários êxitos, entre os quais “Ó meu amor, marinheiro”

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Saudade dos Santos (S. Pedro de Alva, Coimbra, 1939 – Lisboa, 23 de janeiro de 2015), fadista que também era poetisa e projetava publicar a sua obra completa de poesia, venceu em 1957 o concurso Rainha das Cantadeiras, realizado no Café Luso, em Lisboa.

A fadista foi criadora de vários êxitos, entre os quais “Ó meu amor, marinheiro”, e do seu repertório, fazem parte, entre outros, “Chico da Mouraria”, além de poemas da sua autoria.

Saudade Cordeiro dos Santos nasceu em S. Pedro de Alva, no concelho de Penacova, distrito de Coimbra.

Aos 17 anos começou a trabalhar num escritório de advogados em Lisboa “e, sempre que possível, marcava presença em várias casas de fado”.

Na sequência destas participações constantes surge a oportunidade de participar, em 1957, num concurso, organizado pelo jornal ‘Vozes de Portugal’, intitulado ‘Rainha do Fado’, que venceu. O prêmio foi uma viagem de um mês a Moçambique.

Regressou a Lisboa e atuou em várias casas de fado, entre elas a “Tágide” que, “à época, era a melhor e mais bem frequentada ‘boîte’ de Lisboa, onde atuavam os melhores artistas nacionais e estrangeiros”.

Saudade dos Santos começou a ser presença assídua na RTP, na extinta Emissora Nacional e noutras rádios, evidenciando “uma grande atividade artística, com contratos nos casinos de norte a sul do país”.

Em 1963, o empresário Vasco Morgado convidou-a para fazer parte do elenco da revista “Lisboa à noite”, no extinto Teatro Avenida, em Lisboa, que incluía ainda António Silva, Raul Solnado e Humberto Madeira, entre outros, e à qual se seguiu a participação na comédia “Uma noiva caída do céu”, com Humberto Madeira e Ribeirinho, também no Avenida.

Ao convite também não é alheio o facto de Saudade dos Santos ser considerada na altura uma das mais bonitas e elegantes intérpretes do fado.

A fadista foi criadora de vários êxitos, entre os quais “Ó meu amor, marinheiro”.

A convite do Ministério da Defesa, participou no espetáculo “Caravana da Saudade”, que foi apresentado em Angola para os soldados que se encontravam em missão de combate. Max e Maria Mariza e o acordeonista Filipe de Brito, faziam também parte do elenco. Voltou a Angola, numa revista do empresário Joseppe Bastos, em que contracenou com Leónia Mendes, Maria Dulce e Carlos Coelho.

Voltou a Portugal, realizou vários espetáculos e foi convidada para inaugurar a mais luxuosa ‘boîte’ da ex-Lourenço Marques (atual Maputo).

A fadista pisou vários palcos, fez teatro, foi figura regular nas emissões da RTP e participou no filme “Canção da saudade” (1964), de Henrique Campos, no qual, entre outros, participaram Victor Gomes, Florbela Queirós, Simone de Oliveira, Tony de Matos e Madalena Iglésias

Do seu repertório, fazem parte, entre outros, “Chico da Mouraria”, além de poemas da sua autoria.

Participou na revista “Lisboa Antiga”, no extinto Teatro Monumental e, em 1964, participou no filme “Canção da saudade”, de Henrique Campos, no qual, entre outros, participaram Victor Gomes, Florbela Queirós, Simone de Oliveira, Tony de Matos e Madalena Iglésias.

Nesse mesmo ano o seu álbum de Natal, com Manuel Fernandes, recebeu um prémio da crítica norte-americana, como noticiou a revista Plateia, em janeiro de 1965.

No auge da carreira “decidiu que a vida familiar estaria em primeiro lugar” e abandonou os palcos.

Saudade dos Santos era casada com o empresário Emílio Mateus, da discográfica Estúdio.

Saudade dos Santos, de 75 anos, morreu em 23 de janeiro de 2015, na sua residência, em Lisboa.

“Vários artistas têm no seu reportório poemas de Saudade dos Santos e a próxima etapa, que está de acordo com o seu amor pela arte e a cultura, será a partilha dos seus poemas com a edição de um livro”, disse Armando Castela.

(Fonte: http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=756969 – CULTURA – TV & Cinema – 24 de Janeiro de 2015)

(Fonte: http://www.jn.pt/PaginaInicial/Cultura – JORNAL DE NOTÍCIAS – CULTURA – 23/01/2015)

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