Roh Moo-hyun, ex-presidente sul-coreano

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Roh Moo-hyun

Gimhae – Coréia do Sul

Roh Moo-hyun (Yangsan, 1° de setembro de 1946 – Gimhae, 23 de maio de 2009), ex-presidente sul-coreano. Presidiu a Coreia do Sul entre 2003 e fevereiro de 2008, à frente do partido progressista Uri.

Moon Jae-in disse que o ex-governante “se atirou” por vontade própria e que deixou uma breve carta a sua família. Roh teve seu nome envolvido recentemente em um escândalo de suborno e pediu perdão aos sul-coreanos.

Em 30 de abril, Roh Moo-hyun compareceu ao escritório da Promotoria em Seul para depor sobre o envolvimento em um escândalo de suborno. O ex-governante era suspeito de ter recebido US$ 5 milhões de um empresário sul-coreano quando presidia o país. Em dezembro de 2008, seu irmão mais velho, Roh Gun-pyeong, foi detido por supostamente aceitar um suborno em troca de um favor empresarial para a construtora Daewoo.

Roh morreu em decorrência das graves lesões sofridas ao cair de uma montanha na vizinhança de sua casa, aos 62 anos, em Gimhae, no sul do país.
Roh deixou um bilhete suicida antes de morrer, dia 23 de maio de 2009 (pelo horário coreano).
(Fonte: Zero Hora – Memória – 23/05/2009)

Antigo Presidente da Coreia do Sul Roh Moo-Hyun suicida-se

A notícia surpreendeu os sul-coreanos e o Presidente Lee Myung-Bak, que qualificou o incidente como “triste e trágico” e ordenou funerais nacionais, “com o respeito e conforme o protocolo previsto para um antigo chefe de Estado”.

Roh Moo-Hyun, Presidente entre 2003 e 2008, caiu de uma falésia perto da localidade de Bongha, onde morava desde que se retirou da vida política, informou a polícia. A estação de televisão YTN disse que deixou uma carta onde se lia: “Não fiquem tristes; a morte e a vida não são a mesma coisa?”

“O Presidente Roh saltou de uma rocha, nas montanhas por detrás da aldeia de Bongha”, afirnou o seu antigo secretário, Moon Jae-In, que se referiu também à carta de despedida.

A cadeia televisiva disse que a família pretende incinerar o corpo e erguer uma placa de homenagem na localidade.

Roh, 62 anos, saltou no momento em que o seu companheiro de caminhada estava distraído. Não morreu logo. Ferido com gravidade, foi levado para o hospital, onde não resistiu.

O antigo Presidente estava a ser investigado num caso de desvio de um milhão de dólares para a mulher por um rico comerciante de calçado, e ainda o pagamento por este último de cinco milhões de dólares ao marido de uma das suas netas. Na mensagem que deixou, escreve: “Foi muito duro. Causei muitos problemas a muita gente.”

Roh Moo-Hyun, eleito em parte devido a um programa contra a corrupção, desculpou-se publicamente pela implicação da família no caso, mas rejeitou qualquer desfalque pessoal.

Foi o terceiro Presidente sul-coreano a ser convocado pelo procurador, depois de Chun Doo-Hwan e Roh Tae-Woo, condenados à morte por corrupção e incitação à revolta mas agraciados em 1997.

O primeiro-ministro japonês, Taro Aso, manifestou-se “surpreendido” com o falecimento repentino de Roh e apresentou as suas condolências à família e à Coreia do Sul.

Roh Moo-Hyun, advogado de formação, foi defensor das vítimas da ditadura do princípio dos anos de 1980 e um paladino pró-democracia.

Na sua luta pelas liberdades, passou pela prisão em 1987, por ter feito uma incitação à greve, depois do que se voltou para activamente para a política, enquanto deputado.

Já no poder, foi artesão de um período de degelo nas relações, sempre muito tensas, com o regime comunista da Coreia do Norte.

Mas já no fim do seu mandato, a sua governação e a sua reputação foram feridas por vários escândalos de corrupção.

(Fonte: www.publico.pt/Mundo – 23.05.2009)

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