Roberto Fernández Retamar, poeta e ensaísta cubano, envolveu-se na luta clandestina contra o regime de Fulgencio Batista

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Poeta cubano foi presidente da Casa das Américas desde 1986, escritor integrou governo de Fidel Castro

 

 

Roberto Fernández Retamar (Havana, Cuba, 9 de junho de 1930 – Havana, 20 de julho de 2019), poeta e ensaísta cubano, vencedor do Prêmio Nacional de Literatura.

 

 

O poeta e ensaísta cubano Fernández Retamar, Prêmio Nacional de Literatura e presidente da prestigiosa Casa das Américas, começou a trabalhar muito cedo como jornalista na revista “Alba”, para a qual entrevistou o vencedor do Prêmio Nobel da Literatura norte-americano Ernest Hemingway.

 

 

Na década de 1950 o jornalista, poeta, ensaísta, professor universitário e diplomata, colaborou com a revista emblemática “Origens” e envolveu-se na luta clandestina contra o regime de Fulgencio Batista.

Após o triunfo da revolução liderada por Fidel Castro em 1959, ocupou vários cargos em instituições culturais, incluindo a Casa das Américas, onde dirigiu pela primeira vez a revista da instituição desde 1965 e assumiu a presidência de 1986 até hoje.

Fernández Retamar também fundou e editou até 1964 a revista “Unión” juntamente com os renomados intelectuais Nicolás Guillén, Alejo Carpentier e José Rodríguez Feo.

 

Foi membro da Academia Cubana da Língua, que dirigiu entre 2008 e 2012, e membro correspondente da Real Academia Espanhola.

 

Autor de uma vasta obra em prosa e verso, os seus livros foram traduzidos para uma dúzia de idiomas e o seu ensaio “Caliban, notas sobre a cultura da Nossa América” (1971) é considerado um dos mais importantes da literatura latino-americana do século XX.

 

Fernández Retamar era membro do Conselho Cubano de Estado – o órgão máximo do Governo no país – e deputado na Assembleia Nacional entre 1998 e 2013.

 

Em 1989 foi agraciado com o Prêmio Nacional de Literatura, o mais importante do gênero na ilha, e depois o Prêmio Nacional de Ciências Sociais em 2012 e o Prêmio Internacional José Martí da Unesco em janeiro passado, entre outras distinções.

 

Fernández Retamar faleceu em Havana, em 20 de julho de 2019, aos 89 anos.

(Fonte: https://observador.pt/2019/07/21 – Agência Lusa / LITERATURA / CULTURA – 21/7/2019)

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