Robert Stigwood, produtor musical de Bee Gees e Eric Clapton

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Robert Stigwood, produtor musical de Bee Gees e Eric Clapton

 

 

Australiano magnata da música Robert Stigwood, em foto de 1997 (Foto: REUTERS/Jeff Vinnick)

Australiano magnata da música Robert Stigwood, em foto de 1997 (Foto: REUTERS/Jeff Vinnick)

Robert Stigwood, que guiou os Bee Gees e criou Saturday Night Fever

 

Ele produziu ‘Os embalos de sábado à noite’ e musicais da Broadway.

Os Bee Gees foram a sua grande descoberta, e foi na intersecção entre a música, o cinema e as artes de palco que fez a sua carreira. A Febre de Sábado à NoiteGrease ou Jesus Cristo Superstar têm a sua marca.

 

 

Australiano magnata da música Robert Stigwood (Adelaide, 16 de abril de 1934 – Londres, 4 de janeiro de 2016), foi empresário do Bee Gees no auge da fama e guiou a bem-sucedida carreira solo de Eric Clapton, ao mesmo tempo em que produzia musicais para o palco.

 

 

Stigwood nasceu no Estado de Austrália do Sul, em abril de 1934, trabalhou em um número impressionante de apresentações inovadoras, tanto na Broadway como no mundo pop, produzindo grandes sucessos da contracultura como “Hair” e “Jesus Christ Superstar”.

 

 

Ele produziu também o filme de vanguarda para a opera rock “Tommy”(1969), do The Who, e o filme “Os Embalos de Sábado à Noite” (1977), que apresentou a música disco e o jovem John Travolta aos espectadores ao redor do mundo, enquanto lançava o Bee Gees ao estrelato mundial.

 

 

A carreira de Robert Stigwood atravessou a contracultura da Swinging London e levou-o a instalar-se bem no centro da cultura popular. Nascido na Austrália, emigrado para Inglaterra na década de 1950, foi produtor dos The Who ou dos Cream de Eric Clapton, Jack Bruce e Ginger Baker, mas seriam os Bee Gees, que conduziu ao sucesso, o grupo do qual se manteve mais próximo. A Febre de Sábado à Noite, o filme e a respectiva banda-sonora, foram criação sua – como Grease, a versão cinematográfica de Tommy e Jesus Cristo Superstar, ou o Hair apresentado no West End londrino.

 

 

 

Nascido a 16 de Abril de 1934 em Adelaide, chegou a Londres 21 anos depois. O seu primeiro emprego, enquanto responsável noturno de uma instituição de acolhimento de adolescentes com deficiência, não indiciava o que se seguiria. O seu interesse no mundo do espetáculo conduziu-o à fundação de uma agência teatral e seria aí, na Robert Stigwood Associates Ltd, que o acaso exerceria influência decisiva, quando um dos atores que agenciava, John Leyton, se torna um sucesso inesperado enquanto cantor. O universo da pop e as artes de palco unidas – Stigwood seria, a partir daqui, um homem que navegava com mestria e aguçado sentido de negócio entre as duas.

 

 

Trabalhou com Joe Meek, o mítico produtor que foi equivalente britânico ao mais bem-sucedido Phil Spector, produziu Substitute, single dos The Who, em 1966 e, no mesmo ano, começou a dirigir a carreira dos Cream, o trio que durante o breve período em que se manteve activo (1966-1968) foi uma das bandas mais populares e celebradas do universo rock. Quando estes se despedem, manteve-se como manager de Eric Clapton. Nessa altura, porém, já se havia cruzado com um trio de ingleses regressados a Inglaterra depois de anos emigrados na mesma Austrália de onde saíra Stigwood. Chamavam-se Maurice, Robin e Barry Gibb: os Bee Gees.

 

Robert Stigwood chegara aos cantores de To love somebody através de uma recomendação de Brian Epstein, o manager dos Beatles, para quem trabalharia até à morte deste, em 1967. A partir daí, com o nascimento da RSO, Robert Stigwood Organisation, o seu raio de ação expandiu-se definitivamente. Reuniu junto a si o compositor Andrew Lloyd Weber e o letrista Tim Rice e, enquanto produtor, levou ao cinema TommyJesus Cristo Superstar e Sgt. Peppers Lonely Hearts Club Band, baseado no famoso álbum dos Beatles. Esteve também por trás de Grease e, já nos anos 1990, vimos o seu nome incluído nos créditos de Evita, o filme de Alan Parker com Madonna e Warren Beatty – o seu último crédito enquanto produtor.

 

 

Porém, o momento mais marcante na sua carreira será inegavelmente A Febre de Sábado à Noite, que revelou John Travolta e que transformou o disco-sound num fenômeno de massas. O sucesso do filme não o terá surpreendido. Já o impacto da banda-sonora foi inesperado. Recorda o obituário da Rolling Stone, citando memórias de Barry Gibb, que Stigwood pedira à banda uma sucessão de ambientes que servissem as imagens. “Quero frenesi no início. Depois quero um pouco de paixão. E depois quero um frenesi selvagem”. Uma curtíssima semana depois, os Bee Gees tinham preparadas canções como Stayin’ alive Night feverMore than a woman ou How deep is your love.

Stigwood, cuja carreira até então já lhe garantia um lugar na história do entretenimento britânico, tornava-se responsável por um verdadeiro marco cultural que atravessou o tempo. Tudo por causa de um filme de orçamento reduzido para o qual pedira aos seus Bee Gees um par de canções.

Robert Stigwood morreu aos 81 anos, em Londres, dia 4 de janeiro de 2016.

(Fonte: http://g1.globo.com/musica/noticia/2016/01 – MÚSICA – Da Reuters – 05/01/2016)

(Fonte: Zero Hora – ANO 52 – N° 18.350 – 11 de janeiro de 2016 – TRIBUTO – Pág: 33)

(Fonte: https://www.publico.pt/2016/01/05/culturaipsilon/noticia –  CULTURA ÍPSILON – MÚSICA / Por MÁRIO LOPES – 5 de Janeiro de 2016)

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