René Magritte, pintor surrealista, de referência obrigatória à iniciação à arte do século XX

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MESTRE MODERNO

René Magritte (Lessines, 21 de novembro de 1898 – Bruxelas, 15 de agosto de 1967), pintor surrealista, do início da arte moderna, das intrigantes paisagens. Suas pinturas são referências obrigatórias para qualquer iniciação à arte do século XX.

O belga René Magritte é autor de quadros, como o “Assassino Ameaçado” e “O Império das Luzes, II”. Seu jogo associativo de imagens e a dialética visual que provoca ao usar elementos do real são cada vez mais estimulantes e atuais.

Além disso, sua obra e pensamento deixaram de merecer por muito tempo a importância que merecem. Magritte pinta de maneira realista, justapõe textos e imagens e usa inesperados artifícios, como nas “Lições de Coisas” – uma série de quadros onde um texto não corresponde à imagem que o acompanha -, exatamente para criar uma relação de ambiguidade. Este jogo da dupla imagem é visível em “O Império das Luzes, II”, de 1950, e numa tela importante que também impressionou, “O Palácio das Cortinas”, de 1926, onde dois espelhos estão pintados lado a lado. Um mostra o céu e no outro aparece a palavra céu.

De certa maneira, Magritte, que morreu em agosto de 1967 com 68 anos em Bruxelas, tem uma frase que vale para toda a sua lembrança: “Se alguém olha para alguma coisa tentando descobrir o que significa, deixa de prestar atenção à riqueza imediata das imagens para perder-se com o seu significado. A interpretação de uma imagem é a negação do seu mistério. O mistério do visível. E não se deve falar sobre o mistério, é preciso ser invadido por ele”.

 

(Fonte: Veja, 13 de maio de 1981 – Edição 662 – Arte/ Por MARCO ANTÔNIO DE REZENDE, de Roma – Pág: 110/111)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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