Primeiro transplante de órgãos entre pacientes com aids

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Primeiro transplante de órgãos entre pacientes com aids

Uma equipe de médicos do hospital Johns Hopkins, em Baltimore, realizou em 31 de março de 2016 os primeiros transplantes de fígado e rim entre pacientes com o vírus da aids nos Estados Unidos, o que abre as portas para futuros transplantes do tipo com a suspensão da proibição existente desde 1984.

O hospital de Baltimore recebeu recentemente a aprovação da United Network for Organ Sharing, a organização sem fins lucrativos que administra o sistema de doação de órgãos nos EUA.

O doutor Dorry Segev, professor de cirurgia na Universidade Johns Hopkins e que participou de uma das operações, afirmou em comunicado que se trata de “um dia muito emocionante” sobretudo para os pacientes que “contam ao mesmo tempo com o vírus da aids e insuficiência de órgãos”.

“Para estas pessoas, isto pode significar uma oportunidade na vida”, acrescentou Segev.

Em 1984, o governo americano excluiu em sua Lei Nacional de Transplante de Órgãos os de pacientes com aids, com a explicação de que a decisão foi tomada quando não se sabia a fundo sobre o vírus, que agora é tratado como uma doença crônica.

Os pacientes com aids podiam receber órgãos de doentes não infectados com o vírus. Aproximadamente, 120 mil pessoas se encontram na lista de espera de doações de órgãos nos EUA.

Segundo dados divulgados por Segev ao jornal The Baltimore Sun , entre 500 e 600 pacientes com o vírus e potenciais doadores morrem a cada ano, o que pode representar salvar a vida de mil pessoas.

Grande parte dos infectados pela aids sofrem hepatite, por isso necessitam novos fígados. Os rins também são órgãos muito requeridos pelo dano causado devido ao uso prolongado de remédios anti-retrovirais.

Segev ressaltou que o transplante de órgãos “é, de fato, inclusive mais importante para pacientes com o vírus, já que morrem na lista de espera com maior rapidez que os doentes sem o vírus”.

A HIV Medicine Association, que foca nos estudos do vírus, ressaltou a importância do marco médico ao assegurar que “os doadores mortos com esta mesma infecção representam a única fonte de órgãos com o potencial para salvar centenas de pacientes infectados que lutam contra problemas hepáticos e renais ao ano”.

(Fonte: http://saude.terra.com.br – af41f2fa8aab18a1c86677ec53fe10199op8wwxi – SAÚDE – 30 MARÇO 2016)

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