Powered by Rock ConvertUm comunista no Planalto. Aldo Rebelo foi o primeiro comunista na Presidência do Brasil. O Brasil teve, por pouco mais de 24 horas, o primeiro presidente comunista de sua história. Aldo Rebelo (PC do B-SP), presidente da Câmara, recebeu no dia 12 de novembro de 2006, entre domingo e segunda-feira o cargo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que viajou para Ciudad Guayana, na Venezuela, e o vice Alencar, em licença médica. Terceiro na linha de sucessão, Aldo permaneceu em São Paulo durante a maior parte de sua breve interinidade.
Usou, no entanto, as dependências do Palácio do Planalto para despachar e comandar a cerimônia oficial de homenagem ao atleta Marilson Gomes dos Santos, vencedor da Maratona de Nova York dia 12 de novembro, domingo.
Seu governo foi com discrição total, nem mesmo sentou-se na cadeira de despachos usada por Lula. Aldo não fez alarde no exercício da Presidência, mas não se furtou em receber os deputados que foram visitá-lo. O deputado assumiu o cargo porque o vice-presidente José Alencar estava em licença por 30 dias, para tratamento de saúde nos Estados Unidos.
O presidente da Câmara também preferiu não desmarcar sua participação no ciclo de debates sobre políticas públicas promovido pela Fundação Mário Covas, em São Paulo. Mesmo depois da transmissão do cargo no Aeroporto de Congonhas, ele permaneceu em São Paulo até a tarde, do dia 13 de novembro, segunda-feira.
No evento, Aldo falou sobre o papel de São Paulo na formação econômica e cultural do Brasil. Após, almoçou no Jockey Club da cidade. Só então embarcou para Brasília e despachou no Planalto. Às 17h do dia 13, segunda-feira, entregou a Medalha do Mérito Desportivo a Marilson Gomes dos Santos primeiro atleta sul-americano a vencer a tradicional prova do atletismo, a Maratona de Nova York. Aldo aguardou no Planalto até a noite, quando seguiu para a Base Aérea para recepcionar Lula.
Aldo foi o primeiro líder do governo Lula, foi também ministro da Coordenação Política. Foi eleito para a presidência da Câmara em setembro de 2005. Alagoano Aldo começou a se interessar por política na década de 70. Durante a Ditadura, foi integrante da Ação Popular e logo depois entrou para o PC do B, que atuava na clandestinidade. Foi presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE) em 1980 e filiado ao PMDB até 1985, quando o PC do B foi legalizado. Aldo está em seu quarto mandato como deputado federal e reelegeu-se no dia 1° de outubro de 2006.
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