Primeiro jogador a marcar 10 mil pontos no campeonato italiano

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PRIMEIRO JOGADOR A MARCAR 10 MIL PONTOS NO CAMPEONATO ITALIANO
Oscar Daniel Bezerra Schmidt (1958- ), nasceu no dia 16 de fevereiro, em Natal Rio Grande do Norte. Posição ala. Sua chegada à seleção brasileira ocorreu em 1977. Nesse mesmo ano, foi eleito o melhor pivô do Sul-Americano Juvenil, no Chile. Com apenas 19 anos, passou a integrar a seleção principal, conquistando, no ano seguinte, a medalha de bronze com o Brasil no Mundial das Filipinas.
Em 1979, pelo Sírio, de São Paulo, ele ganhou um de seus maiores títulos, o da Copa Willian Jones, uma espécie de mundial interclubes. Em 1980, participou de sua primeira olimpíada, em Moscou. Marcou 169 pontos na competição. O Brasil finalizou em quinto lugar.
Oscar foi o primeiro jogador a marcar 10 mil pontos no campeonato italiano, no qual atuou por 11 temporadas, entre 1983 e 1994. Estabeleceu o recorde de 13.957 pontos na liga local. É o recordista de pontos numa partida: 66, pelo Fernet Branca, de Pavia.
Sua maior conquista é, sem dúvida, o título do Pan-Americano de Indianápolis, em 1987, contra os donos da casa. Os invencíveis americanos perderam a final contra o Brasil por 120 a 115. Um fato inédito. Na comemoração, o Mão Santa era um misto de choro e alegria. Até então, ninguém havia batido os norte-americanos em casa, na ocasião transformou-se em estrela mundial ao marcar 46 pontos, a partir daí, Oscar virou um mito, respeitado pelos maiores jogadores e técnicos.
Seu último jogo pela seleção: Brasil 72 x 91 Grécia, na disputa do quinto luga em Atlanta. Último título pela seleção: 1996, no Torneio da China. Depois dos Jogos de Barcelona, em 1992, Oscar jogou por dois anos na Espanha, onde também acabou como cestinha do campeonato. Decidiu abandonar a saeleção e voltou ao Brasil, em 1995. Rompeu a promessa e jogou em Atlanta, em 1996, tornando-se o primeiro jogador a superar mil pontos em olimpíadas – 1093. Também soma mais rebotes, cestas de três e dois pontos, e lances livres em olimpíadas.
Cinco Olimpíadas disputadas (Moscou-80), Los Angeles-84, Seul-88, Barcelona-92 e Atlanta-96. É o jogador de basquete com mais atuações, ao lado do australiano Andrew Gaze (Austrália) e Teófilo Cruz (Porto Rico).
Em sete Nacionais disputados, marcou 8.004 pontos. É o maior cestinha da história do torneio.
Soma 49.703 pontos na sua carreira, (marca não reconhecida pela (Fiba)*. Nos Jogos de Seul-88, marcou 338 pontos. É o atleta que obteve mais pontos em uma Olimpíada.
55 pontos contra a Espanha nos Jogos de Seul-88. É o maior número de pontos em um jogo olímpico.
52 pontos contra a Austrália no Mundial da Argentina-90. É o maior número de pontos marcados por um jogador em partida de Mundial.
53 pontos contra o México no Pan-Americano de Indianápolis-87. É o maior número de pontos obtido por um atleta nesta competição.
1.093 pontos feitos em Olimpíada. É o maior cestinha da história dos Jogos Olímpicos.
A liga norte-americana, foi um tabu na vida de Oscar. Convites para atuar entre os melhores jogadores do mundo nunca faltaram para o ala brasileiro. Mas todos foram recusados em nome do amor pela seleção brasileira. Na época, profissionais da NBA não podiam disputar Olimpíadas nem Mundiais. Oscar preferiu ir para a Itália e Espanha, ganhar menos dinheiro e fama, mas permanecer jogando na seleção.
Nos últimos anos, Oscar derrubou preconceitos contra jogadores veteranos ao permanecer como cestinha dos campeonatos brasileiros pelo Flamengo, mesmo com mais de 40 anos.
Clubes que atuou: Palmeiras (1974 a 77), Sírio (1978 a 82), Caserta-ITA (1983 a 90)), Pavia-ITA (1991 a 1993), Fórum Valladolid-ESP (1994), Corinthians (1995 a 97), Barueri (1997 a 99) e Flamengo (1999 a 2003).
Títulos em clubes: campeão mundial interclubes – não oficial (1979) -, campeão da Taça Brasil (1977 e 79), campeão do Nacional (1996), campeão da Copa da Itália (1988), campeão paulista (1977, 79, 82 e 98) e campeão do Estadual do Rio (1999).
Títulos na seleção brasileira: campeão sul-americano (1977, 83 e 85), campeão pan-americano (1987), campeão da Copa América (1984 e 1988) e medalha de bronze no Mundial (1978).
(Fonte: Zero Hora – Ano 40 – N° 13.808 – Porto Alegre, 11 de junho de 2003 – O Rio Grande Pergunta/ESPORTES – 27/05/03–por Alexandre Corrêa – Pág; 2 e 43)

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