Primeiro ídolo de massa da MPB

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Primeiro ídolo de massa da MPB

Tornou-se astro graças unicamente à sua voz, conquistou as massas graças à sua voz e seu repertório

Orlando Silva

Orlando Silva

Orlando Silva (Rio de Janeiro, 3 de outubro de 1915 – Rio de Janeiro, 7 de agosto de 1978), foi o maior cantor popular brasileiro, foi também o primeiro ídolo de massa da MPB, durante a era de outo do rádio, simultânea ao auge de Orlando, entre a metade dos anos 1930 e o começo dos anos 1940.

Foi graças a Orlando que os intérpretes descobriram ser possível cantar bem sem precisar se esgoelar. Até ele, que explodiu quase junto com o advento do microfone elétrico, os ídolos – como Vicente Celestino e Chico Alves – dependiam mais dos pulmões que da garganta.

Clássicos como “Carinhoso”, “Lábios que Beijei”, “Rosa”, “Abre a Janela” e “Alegria” são até hoje associados às interpretações irretocáveis de Orlando.

O melhor de Orlando foi lançado entre 1935 e 1942. A partir daí, a droga e o álcool acabaram com sua voz.

 

AUTODIDATA

 

Nascido numa família pobre no subúrbio do Rio de Janeiro, Orlando foi autodidata e começou a chamar a atenção pela voz quando era cobrador de ônibus – cantando durante as viagens. Foi levado ao rádio pelo ídolo Francisco Alves, e acabaria por superá-lo.

Em turnês a São Paulo em 1938, arrastou milhares de fãs ardorosas às suas apresentações nos teatros das rádios, o que lhe rendeu o apelido de “Cantor das Multidões”.

Assim como Roberto Carlos foi o primeiro ídolo criado pela TV, Orlando foi o primeiro produzido pelo rádio.

 

A trajetória de Orlando

 

1915 – Nasce em 3 de outubro de 1915, no bairro de Engenho de Dentro, Zona Norte do Rio de Janeiro.

1932 – Desequilibra-se num bonde e tem parte do pé esmagada no trilho; para evitar granguena, amputam-lhe quatro dedos – tem o primeiro contato com a morfina, aplicada para aliviar a dor.

1933 – Passa a trabalhar como cobrador de ônibus e a cantar durante o serviço, chamando a atenção de colegas e passageiros.

1934 – Levado por Francisco Alves, estreia na Rádio Cajuti, interpretando a valsa “Mimi” (Uriel Lourival), letrista e compositor de música popular brasileira.

1937 – Lança “Lábios que Beijei” (J. Cascata e Leonel Azevedo), “Carinhoso” (Pixinguinha e João de Barro) e “Rosa” (Pixinguinha e Otávio de Souza), seus primeiros sucessos.

1938 – Aclamado durante temporada em São Paulo, ganha o apelido de “Cantor das Multidões”, dado pelo locutor Oduvaldo Cozzi, grande locutor esportivo do rádio brasileiro, nas décadas de 40, 50,60.

1939 – Lança “A Primeira Vez” (Bide e Marçal) e “Sertaneja” (Renê Bittencourt)

1940 – Começa a se relacionar com a atriz e cantora Zezé Fonseca (1915-1962), uma paixão turbulenta que duraria cerca de três anos.

1943 – Passa a ter problemas com drogas (morfina, cocaína e álcool), que afetariam sua voz até o fim da vida.

1947 – Conhece Maria de Lourdes, que seria sua mulher até o fim da vida

1974 – Já no ostracismo, grava o seu último disco, “Orlando Silva Hoje”

1978 – Morre em 7 de agosto de 1978, aos 62 anos, no Rio de Janeiro, de complicações decorrentes de um AVC sofrido dias antes. Não deixa filhos.

(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2015/10/1688968-primeiro-idolo-de-massa-da-mpb- ILUSTRADA – MÚSICA/ Por Fábio Victor – EDITOR-ADJUNTO da “ILUSTRADA” – 02/10/2015)

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