Primeira figura literária de alguma importância que surge no Rio Grande do Sul

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Primeira figura literária de alguma importância que surge no Rio Grande do Sul

No dia 17 de junho de 1791 – Nasce na estancia do Pontal (São José do Norte) a poetisa Delfina Benigna Cunha. Conforme João Pinto da Silva escreveu nas duas edições de sua “História Literária do Rio Grande do Sul” (1924 e 1930): “Cronologicamente, o primeiro livro rio-grandense que se publicou foi, talvez, o da poetisa Delfina da Cunha, a cega, datado de 1834”. Segundo afirmou o pesquisador Guilhermino César, peremptoriamente: “Essa pobre mulher é a primeira figura literária de alguma importância que surge nestas paragens”. E é seu, do mesmo modo, o primeiro livro de versos que se publicou em prelos rio-grandenses. Perdendo a visão aos 20 meses de idade, acometida de varíola, Delfina se defrontou com um mundo de escuridão completa. Todavia, sua intensa luz interior lhe escancarou as portas do universo por meio do lirismo romântico de suas rimas. A par do conteúdo psicológico sombrio que matiza uma inspiração dolorida, a obra de Delfina constitui-se num marco histórico de especial relevo nas letras rio-grandenses. Delfina faleceu no Rio de Janeiro, a 13 de abril de 1857, amparada pelos favores da magnanimidade imperial.

(Fonte: Correio do Povo – Ano 114 – Nº 260 – Geral – Cronologia/ RENATO BOHUSCH – quarta-feira, 17 de junho de 2009 – Pág; 15)

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