Primeira árbitra transexual do mundo estreia na Inglaterra
Primeira árbitra transgênero apita partida de futebol na Inglaterra
Conhecida como Nick no mundo do futebol, Lucy Clark falou sobre tentativa de suicídio na adolescência e do receio em relação aos torcedores
Lucy Clark , de 46 anos, se tornou a primeira árbitra transgênero do futebol.
Antes conhecida no mundo do esporte como Nick, a árbitra transgênero admitiu, em entrevista ao “Sunday Mirror”, ter certo receio da reação dos torcedores.
“Espero que as pessoas me aceitem pela pessoa que eu sou. Com os jogadores eu posso lidar, posso apenas dar cartões amarelos ou vermelhos pra eles. Com os fãs é que os problemas podem surgir, estou me preparando para os comentários depreciativos”, disse Clark.
Lucy, que também é motorista de táxi, é casada com Avril, mulher com quem teve três filhos.
A juíza conta que levou 30 anos para enfim tomar a decisão que mudaria sua vida.
Há 18 anos, após uma noite de bebedeira, Lucy, que era Nick, contou para sua esposa que era uma mulher no corpo de um homem, ela o apoiou, dando início ao processo de mudança de gênero.
Lucy contou também sobre suas dificuldade na adolescência, quando aos 15 anos, tentou se suicidar.
“Eu costumava ir dormir desejando nunca mais acordar. Havia um grande bloco de apartamentos na estrada onde eu morava. Em mais de uma ocasião eu ficava no topo e pensava em acabar com tudo isso. Tomei comprimidos e bebi álcool e acabei tendo meu estômago lavado”.
Desde do domingo (19 de agosto), os campos onde são disputados os regionais da Inglaterra ganhou a presença feminina de Lucy Clark, a primeira árbitra transexual do mundo, que estreou após passar por uma crise que chegou a cogitar tirar a própria vida, quando ainda atendia pelo nome de Nick, e já exercia o trabalho como juiz de futebol masculino.
Federação inglesa apoia árbitra transgênero
Por meio de nota, a Football Association (FA) declarou apoio para Lucy.
“A FA apoia totalmente a Lucy e qualquer outra pessoa que queira participar do futebol em seu gênero preferido. O futebol é para todos e em 2014 A FA anunciou uma política, além de um guia de informações distribuído a todos os clubes, para incentivar as pessoas trans a participarem do futebol”, finalizou a associação se referindo à árbitra transgênero .