Phoebe Snetsinger, ornitóloga norte-americana, é autora de um trabalho brilhante, listando mais de 8300 espécies de aves

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De acordo com a American Birding Association, estima-se que existam cerca de 10 mil espécies de aves. A esmagadora maioria deles foram documentados por Phoebe Snetsinger.

Phoebe Snetsinger foi autora de um trabalho brilhante, listando mais de 8300 espécies de aves. (Foto: www.audubon.org/Reprodução)

Phoebe Snetsinger foi autora de um trabalho brilhante, listando mais de 8300 espécies de aves. (Foto: www.audubon.org/Reprodução)

Deixou uma obra incomparável, fruto de uma paixão única, como todas as paixões. A investigadora deixou para a humanidade e eternidade uma enciclopédia incrível. 

Phoebe Snetsinger (Illinois, 9 de junho de 1931- Madagáscar, 23 novembro de 1999), ornitóloga norte-americana, é autora de um trabalho brilhante, listando mais de 8300 espécies de aves. Era uma estudiosa de pássaros e realizou uma pesquisa única. Mas era, acima de tudo, um exemplo de perseverança. Numa área povoada de homens, um dos antecessores foi Jean-Jacques Audubon, Snetsinger foi a primeira mulher ornitóloga que documentou tão grande número de pássaros.

Durante a sua vida, mesmo depois de ter sido diagnosticada com um cancro, em 1981, Phoebe procurou espécies de aves, nos quatro cantos do mundo, encontrando alguns pássaros pouco comuns, ou nunca considerados pela ciência.

A ornitóloga norte-americana, que viveu no Minnesota, listou mais de 8300 espécies, número que ninguém ousou superar. Começou por ser um passatempo de uma dona de casa, mas transformou-se numa demanda, muito à frente do seu tempo. E para sempre.

Não é apenas a sua obra que se homenageia. É a própria mulher e o seu espírito, a representação de uma paixão, que a levou a realizar este profundo trabalho mesmo quando foi diagnosticada com um cancro – tinha, então, 49 anos.

Ao longo de anos, Snetsinger percorreu o mundo, e encontrou nos pássaros a felicidade, sobretudo quando a doença surgiu, em 1981, numa altura em que a comunidade de observação de aves era dominada pelos homens. Mas este fato não impediu Snetsinger de avançar.

Os dramas pessoais não se resumem à doença. Aliás, em paralelo com a sua obra, deve enfatizar-se o espírito de superação de Phoebe Snetsinger.

A norte-americana foi vítima de violação coletiva, morreu de forma trágica, combateu um cancro, mas nunca perdeu o entusiasmo e prosseguiu a sua apaixonante investigação.

Como um pássaro de asas imparáveis, Phoebe viajou pelos continentes, movida pela herança do pai, que também documentou aves. Durante uma viagem de três semanas no Quênia, esta norte-americana encontrou 500 espécies diferentes.

Phoebe Snetsinger é uma inspiração e dedicou a sua vida a documentar mais de 8300 espécies de aves.

Phoebe Snetsinger morreu no dia 23 de novembro de 1999, vítima de um acidente de viação em Madagáscar.

(Fonte: http://ptjornal.com – EUA – Por António Henriques – 9 Junho 2016)

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