Philip Kerr, escritor escocês de romances policiais, criador do inesquecível Bernie Gunther, um detetive particular na Berlim dos anos 1930

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Conhecido por seus romances policiais, escritor é autor de uma série de livros protagonizados por Bernie Gunther, um detetive particular na Berlim dos anos 1930

 

Philip Ballantyne Kerr

Kerr também publicou obras de ficção científica e literatura infantil | (Foto: Alberto Estevez / Divulgação / CP)

 

O escritor escocês era um dos mais talentosos autores policiais contemporâneos, criador do inesquecível Bernie Gunther, um detetive alemão que ganha a vida a desvendar crimes em pleno III Reich.

 

Philip Ballantyne Kerr (Edimburgo, Escócia, 22 de fevereiro de 1956 – Londres, Inglaterra, 23 de março de 2018), escritor escocês de romances policiais, reconhecido por seus thrillers.

Kerr é o autor de uma série de livros protagonizados por Bernie Gunther, um detetive particular na Berlim dos anos 1930. Nascido em Edimburgo, capital da Escócia, em fevereiro de 1956, estudou na Universidade de Birmingham e, depois, fez Filosofia na Alemanha. Também trabalhou como publicitário na agência Saatchi & Saatchi.

Formou-se em Direito e em Filosofia pela Universidade de Birmingham e trabalhou depois vários anos como revisor em várias agências de publicidade, nas quais passava a maior parte do tempo, como mais tarde confessaria em entrevistas, a fazer investigações para o seu projeto de criar um detective sediado em Berlim.

Depois de muita pesquisa e de várias viagens à Alemanha, publicou em 1989 o seu livro de estreia, Violetas de Março, cujo título recuperava o termo pejorativo aplicado aos arrivistas que, logo após a chegada ao poder de Hitler, se tinham tornado nazis fanáticos do dia para a noite. O seu protagonista, Bernie Gunther, um ex-policial que deixara de ter estômago para colaborar com os nazistas e se dedicara à investigação privada, era uma dessas personagens que nunca mais se esquecem. Se imaginarmos Philip Marlowe (o detetive criado por Raymond Chandler) numa versão um pouco menos sofisticada e obrigado a sobreviver, com a sua peculiar noção de honradez, no meio da barbárie nazi, teremos um retrato mais ou menos aproximado de Gunther.

Nos três livros de Berlin Noir, Kerr consegue mergulhar-nos no sufocante quotidiano de Berlim antes, durante e logo a seguir à Segunda Guerra Mundial, com uma minuciosa investigação histórica a sustentar um conjunto de histórias invulgarmente bem contadas.

O primeiro livro da série de Bernie Gunther, “Violetas de Março”, foi publicado em 1989. Ele também publicou obras de ficção científica e literatura infantil.

Philip Kerr ficou conhecido pelos romances policiais que giravam em torno da personagem Bernie Gunther, entre os quais “O Projeto Janus” e “Se os Mortos não Ressuscitam”, pelos quais foi galardoado, em 2009, com os prêmios CWA Ellis Peters Historical e RBA International for Crime Writing.

O livro mais premiado de Philip Kerr é Se os Mortos Não Ressuscitam (2009), que recupera a figura de Gunther num enredo que vai saltando entre os anos de ascensão do nazismo e a década de 50, em plena Guerra Fria. Mas nem este volume nem o anterior, O Projeto Janus(2006), e que assinala o regresso de Bernie Gunther após um hiato de 15 anos, estão bem à altura, embora se leiam ambos com prazer, da trilogia inicial, que inclui, além do já citado Violetas de MarçoO Criminoso Pálido (1989) e Um Requiem Alemão (1991).

Além de ter escrito, já depois de Berlin Noir, mais uma dezena de histórias, a maior parte ainda por traduzir, com o seu principal detective, Kerr publicou ainda três romances policiais protagonizados por um treinador de futebol londrino, Scott Manson. Logo no primeiro desses volumes, Mercado de Inverno (2014), Manson vê-se confrontado com o homicídio de um carismático treinador, cujo nome português, João Zarco, está longe de ser o único aspecto que pode fazer pensar em José Mourinho.

Kerr escreveu ainda vários romances policiais fora destas duas séries, como Um Assassino Entre os Filósofos (1992) ou A Vingança Serve-se Fria (1997), e escreveu também diversos livros para crianças.

Além de 14 romances, escreveu livros juvenis com o pseudônimo de P. B. Kerr.

Vivia em Londres, Inglaterra.

Philip Kerr faleceu em 23 de março de 2018, aos 62 anos, em Londres.

“Estou atordoado com a notícia da morte de Philip Kerr”, lamentou no Twitter o também escritor escocês Iran Rankin. “Seus romances com Bernie Gunther são extraordinários, um mix de grande narrativa e pesquisa brilhante, com um crível herói (a)moral”, elogiou Rankin.

Também através do Twitter, Jane Thynne, escritora e jornalista, lamentou a morte do marido. “Descansa em paz, meu querido Philip Kerr, criador do maravilhoso [detetive]Bernie Gunther”, uma personagem inventada em 1989.

Segundo Jane Thynne, Philip Kerr era um “escritor genial e um adorado pai e marido”.

(Fonte: http://www.correiodopovo.com.br/ArteAgenda/Variedades/Literatura/2018/03 – ARTE & AGENDA – VARIEDADES – LITERATURA – 24/03/2018)

(Fonte: https://www.jn.pt/artes – JORNAL DE NOTÍCIAS – ARTES – 23/03/2018)

(Fonte: Zero Hora – Ano 54 – N° 19.046 – 27 de março de 2018 – TRIBUTO / MEMÓRIA – Pág: 33)

(Fonte: https://www.publico.pt/2018/03/24/culturaipsilon/noticia – CULTURA ÍPSILON – NOTÍCIA – LIVROS / Por LUÍS MIGUEL QUEIRÓS – 24 de Março de 2018)

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