Perseu Abramo, jornalista. Lecionou na PUC de São Paulo e integrou o diretório nacional do PT

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Perseu Abramo (São Paulo, 17 de julho de 1929 – São Paulo, 6 de março de 1996), jornalista, professor universitário e dirigente do PT que trabalhou em alguns dos maiores veículos de imprensa do país.

De conhecida família de esquerda, era de impecável isenção no exercício da profissão e humanidade no trato pessoal.

Lecionou durante quinze anos na PUC de São Paulo e integrou o diretório nacional do PT.

Perseu Abramo trabalhou na Folha entre 1970 e 1979, tendo sido editor de Esporte, da Ilustrada e de Educação. Atuou também no jornal “O Estado de S. Paulo” (1952-1962), na Abril Cultural (1968-1970), na Rede Globo (1983-1985) e em órgãos da imprensa partidária.

Era filiado ao PT e pertencia ao Diretório e à Executiva Nacional do partido, no qual ocupava a Secretaria de Formação Política.

Sociólogo, formado pela USP em 1958, Perseu Abramo lecionou na Escola de Jornalismo Casper Líbero (1960-1962) e participou da implantação do Departamento de Ciências Humanas (1962-1964) da UnB (Universidade de Brasília).

Na Universidade Federal da Bahia, foi coordenador de pesquisas do setor de administração pública da Escola de Administração (1960-1962) e professor de sociologia da comunicação (1965-1970). Na Bahia ele também concluiu, em 1970, sua dissertação de mestrado.

Em São Paulo, Perseu foi coordenador do curso de jornalismo da Fundação Armando Álvares Penteado (1970-1971)) e desde 1981 lecionava jornalismo na PUC.

Pertenceu a partir de 1946 à Esquerda Democrática e ao PSB (Partido Socialista Brasileiro), dissolvido durante o regime militar. Participou a partir de 1977 do CBA (Comitê Brasil Anistia) e, já no PT, foi entre 1989 e 1990 secretário de imprensa da Prefeitura de São Paulo, na administração Luiza Erundina.

Abramo morreu no dia 6 de março de 1996, aos 66 anos, de embolia pulmonar, em São Paulo.

Perseu era casado desde 1952 com Zilah Wendel Abramo e deixa as filhas Laís e Helena, ambas sociólogas, o programador em computação Mário, a advogada Marta e a jornalista Beatriz (Bia) Abramo.

Em Brasília, o presidente da CUT, Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho, pediu um minuto de silêncio pela morte de Perseu Abramo durante a passeata contra o relatório de Euler Ribeiro sobre a Previdência. “Este minuto de silêncio é para dizer ao companheiro Perseu Abramo que a nossa luta vai continuar”, disse Vicentinho. 

(Fonte: Veja, 13 de março de 1996 – ANO 29 – Nº 11 – Edição 1435 – Datas – Pág: 93)

(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/1996/3/07/brasil – BRASIL – DA REPORTAGEM LOCAL – FOLHA DE S.PAULO – 7 de março de 1996)

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