Peggy Guggenheim (26 de agosto de 1898 – Veneza, 23 de dezembro de 1979), milionária e colecionadora de arte americana.
Em Veneza, depois da II Guerra, ela descobriu o Palazzo dei Leoni, perto do popular Ca d’Oro, e transformou-o em residência e celeiro para os seus tesouros artísticos, avaliados em mais de 35 milhões de dólares.
Peggy dormia numa cama de prata feita por Alexander Calder, um dos amigos prediletos, almoçava numa sala forrada com telas históricas do cubismo, incluindo O Poeta, de Picasso, de 1910, e a Garrafa de Rum de Martinica, de Juan Gris, e o seu hall de entrada servia de moldura a dois Giacometti conhecidos, as esculturas A Praça e Mulher sem Cabeça.
No jardim interno, as plantas principais eram outras esculturas famosas, como a Tauromaquia de Germaine Richier e peças de Miró, Calder e objetos de vidro de Arp, Cocteau e do surrealista Max Ernst.
Peggy encontrou Ernst em Marselha enquanto fugia para os Estados Unidos, levando nos braços uma escultura de Brancusi, Pássaro no Espaço, em 1940.
Ernst tornou-se seu marido e auxilio-a a formar o seu acervo de quase 300 peças. Peggy morreu no dia 25 de dezembro de 1979, aos 81 anos, de apoplexia, em Veneza.
(Fonte: Veja, 2 de janeiro, 1980 - Edição 591 - Datas - Editora Abril - Pág; 42)
(Fonte: Veja, 13 de maio de 1981 - Edição 662 - Arte/ Por MARCO ANTÔNIO DE REZENDE, de Roma - Pág: 110/111)