Paulo Niemeyer, maior nome da neurocirurgia no Brasil, tratou Artur da Costa e Silva e João Baptista Figueiredo

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Paulo Niemeyer Soares (Rio de Janeiro, 14 de abril de 1914 – 10 de março de 2004), neurocirurgião considerado o maior nome da neurocirurgia no Brasil

 

Formado na UFRJ, com pós-graduação na Inglaterra e doutorado na Escola Paulista de Medicina, Niemeyer era irmão do arquiteto Oscar Niemeyer era membro da Academia Nacional de Medicina desde 1981 e foi o primeiro médico da América Latina a realizar cirurgias para eliminar os movimentos involuntários das vítimas do mal de Parkinson.

 

A fama de grande neurocirurgião fez com que três presidentes da República procurassem Paulo Niemeyer. Ele tratou Artur da Costa e Silva e João Baptista Figueiredo e operou Amália Lucy, filha de Ernesto Geisel.

 

Reconhecido como introdutor da angiografia cerebral (que permite a visualização dos vasos sanguíneos cerebrais) e da radiografia das artérias cerebrais no País, na década de 40, o médico é responsável pela formação de dezenas de neurocirurgiões brasileiros.

 

Seu filho, Paulo Niemeyer Filho, seguiu os passos do pai e é um dos maiores neurocirurgiões do país, além de membro da Academia Nacional de Medicina.

 

 

Nascido em 14 de abril de 1914, no Rio de Janeiro.

 

Filho de Oscar Niemeyer Soares e Delfina Almeida Niemeyer Soares. Seu irmão, Oscar Niemeyer, foi considerado o maior arquiteto do Brasil, responsável pelas grandes obras-primas em Brasília.

 

 

Com apenas 16 anos foi aprovado no vestibular da Faculdade Nacional de Medicina, no Rio de Janeiro (atualmente UFRJ), graduando-se em 1936. Aos 24 anos, o então médico já realizava a primeira transfusão de sangue conservado no país, em uma época em que a prática corrente era a transfusão direta. Dedicou-se desde cedo à Clínica Cirúrgica, na 18º Enfermaria da Santa Casa da Misericórdia (serviço do Prof. Augusto Paulino Soares de Souza).

 

 

Ocupou vários postos até chegar ao cargo de provedor, a autoridade máxima da instituição, jamais recebendo remuneração por seus serviços no hospital.

 

 

Foi Membro Titular de 16 Sociedades Médicas Nacionais, entre as quais o Colégio Brasileiro de Cirurgiões – onde presidiu a Comissão Nacional de Trauma, a Academia Brasileira de Medicina Militar e a Academia Brasileira de Neurologia. Pertenceu a 12 sociedades científicas estrangeiras, incluindo o American of Surgeons, a International League Against Epilepsy, onde foi Presidente-eleito, e a World Federation of Neuro-surgical Societies, da qual foi designado Vice-presidente por cinco anos (1981-1985).

 

 

Foi por três vezes laureado pela Academia Nacional de Medicina: com o Prêmio Austregésilo em 1949, com o prêmio Fernando Vaz e, de novo com o Prêmio Austregésilo, em 1950. Membro do conselho de Redação de 5 revistas médicas internacionais.

 

 

Promoveu, organizou e presidiu 61 Cursos e Simpósios, com participação de conferencistas nacionais e estrangeiros. Participou como conferencista de 82 cursos e integrou 12 Bancas Examinadoras. Tomou parte ativa em 195 Congressos e Reuniões Médicas, das quais 57 no Exterior. Publicou 75 trabalhos médicos, dos quais 24 em periódicos estrangeiros. Realizou 11 filmes Científicos, a metade dos quais sobre as modernas técnicas microcirúrgicas em Neurologia. Sua atividade científica mereceu citação ou referência em 33 publicações de autores médicos, dos quais 27 estrangeiros.

 

 

Foi sua competência de melhor neurocirurgião brasileiro que levou três presidentes do Brasil a procurá-lo. O Acadêmico tratou de Artur Costa e Silva; operou Amália Lucy, filha de Ernesto Geisel, e o Presidente João Baptista Figueiredo. Criado em uma família de católicos, foi educado em casa até os 11 anos. Com essa idade, ele foi matriculado na escola Lycée Français, no Largo do Machado. Em 1930, ingressou na Faculdade de Medicina, na Praia Vermelha.

 

 

Foi testemunha e agente da evolução da medicina no século. Em 1939, passou em primeiro lugar no concurso para a Assistência Pública, onde criou o serviço de neurocirurgia. Em 1942, foi convidado a criar um Departamento de Neurocirurgia na Santa Casa da Misericórdia e, em 1945, inaugurou o primeiro América Latina destinado à traumatologia neurológica, no Hospital de Pronto Socorro do Rio de Janeiro. No mesmo ano, introduziu no Brasil a angiografia cerebral e a radiografia das artérias cerebrais.

 

 

Em 1957, sua primeira amígdalohipocampectomia, procedimento cirúrgico que visa tratar as crises temporais dos pacientes diagnosticados com epilepsia do lobo temporal, uma das formas mais frequentes da doença e que responde pouco ao tratamento medicamentoso.

 

 

Por conta desse método, o neurocirurgião brasileiro que dá nome ao Instituto Estadual do Cérebro do Rio de Janeiro ganhou reconhecimento internacional.

 

Em 1971, ele introduziu o uso da cirurgia microscópica no Brasil. Em 1974, introduziu a técnica de microcirurgia transfenoidal da hipófise, que divulgou em cursos e congressos em todo o Brasil. Também se interessou pela cirurgia de neurinomas acústicos, após operar os primeiros casos em 1943, demonstrando a possibilidade de preservar os nervos facial e acústico com o uso da microscopia cirúrgica.

Na ocasião de sua candidatura a Membro Titular da Academia Nacional de Medicina, apresentou memória intitulada “Microcirurgia de Neurinomas Acústicos”.

 

 

 

Paulo Niemeyer morreu em 10 de março de 2004, de infarto agudo no miocárdio, no Rio de Janeiro, aos 89 anos.

 

O presidente da Academia Nacional de Medicina, Pietro Novelino, amigo de Niemeyer havia 30 anos, lembrou que, além de excelente profissional, ele era tido como uma pessoa bondosa e humilde.

(Fonte: https://www.terra.com.br/istoegente/241/aconteceu – Edição 241 – ACONTECEU – TRIBUTO / por Dirceu Alves Jr. – 22/03/2004)

(Fonte: http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca – 24/03/2004)

(Fonte: Academia Nacional de Medicina)

(Fonte: http://portal.cfm.org.br – CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA – 10 de Março de 2004)

Da Assessoria de Imprensa do Cremepe.

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