Paul Strand, fotógrafo que influenciou-se com o movimento norte-americano Straight Photography.

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Paul Strand (Nova York, 16 de outubro de 1890 – Orgeval, França, 31 de março de 1976), fotógrafo americano. O seu trabalho manifesta um claro interesse em formas geométricas, ritmo, espaço, e divisão da imagem.

Sua principal influência do período foi o movimento norte-americano Straight Photography, que teve representantes como Thomaz Farkas (1924-2011), Edward Weston (1886-1964) e Anselm Adams (1902-1984).

Afinados com as vanguardas europeias e norte-americanas buscavam uma estética específica para a foto, com novos enquadramentos e pontos de vista inusitados.

Os primeiros trabalhos de Strand seguiram o modelo pictorialista, mas progressivamente começou a manifestar uma crescente desilusão com o pictorialismo. Paul Strand acreditava que a fotografia deveria usar as suas potencialidades únicas, particularmente a possibilidade de descrever uma determinada cena ou objeto com uma precisão e fidelidade jamais alcançáveis pela mão humana.

Em 1915, o seu trabalho já manifestava um claro interesse pelas formas geométricas, pelos moldes, ritmo, espaço e a divisão da imagem. Strand pretendia aprender a construir uma imagem, conhecer a sua consistência, a relação das formas, o sentimento dos espaços e perceber como o todo dava a noção da unidade.

Os seus trabalhos foram vistos entusiasticamente por Alfred Stieglitz, que os expôs várias vezes na sua galeria. A sua principal preocupação era, tal como a dos pintores modernistas, produzir imagens de uma nova maneira.

Enquanto que os pintores, como Paul Klee, desenvolviam no seu trabalho cada vez mais uma visão abstrata, a natureza da fotografia exigia um caminho diferente. Surge assim uma fotografia “pura”, tal como foi apelidado este novo realismo.

Paul Strand começou a envolver-se cada vez mais com o cinema. Em 1921, comprou uma câmara de filmar e começou a ganhar a vida como operador de câmara.

No princípio dos anos 30, foi a figura principal no movimento do filme documentário, tendo participado em filmes como The Wave e The Plough that Broke The Plains.

Depois da ascensão de Hitler na Alemanha, fundou com outros realizadores, a Frontier Films para produzir filmes antifascistas. Quando a Segunda Guerra Mundial obrigou a uma interrupção nas filmagens, regressou de novo à fotografia a tempo inteiro.

Depois do início da Guerra Fria, o clima político dos EUA mudou drasticamente. Paul Strand passou a fazer parte da lista de artistas perseguidos pelo governo devido à sua posição política e ao seu passado. Resolveu então partir para França.
Os seus melhores trabalhos foram provavelmente produzidos nos 10 anos seguintes, entre os anos 50 e os 60, quando viajou pela França, Itália, Egito e Gana. Algumas das imagens que registou nestas viagens encontram-se hoje entre os “clássicos” da fotografia.
Paul Strand morreu em Orgeval, França.

(Fonte: www1.folha.uol.com.br/ilustrada – TAINÁ TONOLLI COLABORAÇÃO PARA A FOLHA – 25/03/2011 – São Paulo)
(Fonte: www.ims.uol.com.br)
(Fonte: www.slideshare.net)

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