Pagano Sobrinho, um dos humoristas mais famosos de São Paulo.

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Pagano Sobrinho (1910-1972), ator e humorista brasileiro. Em trinta anos de rádio, mais de dez de TV, foi sempre um dos humoristas mais famosos de São Paulo. Fioravante Pagano Sobrinho no rádio, era uma voz roliça, um pouco afetada, uma ponta de sotaque italiano; depois, a televisão mostrou-o de corpo inteiro, baixinho e gordo, uma agilidade surpreendente, o nervosismo traído pelo vício de roer a unha do dedo mínimo. Ator, comediante e apresentador de programas, teve uma carreira de mais de 30 anos no rádio, cinema e na TV. O artista passou a formar dupla com a comediante Maria Tereza nessa época, atuando na Rádio Excelsior e posteriormente na TV Record.

“Atenção, ouvintes, muita atenção, porque o que eu digo não está nos livros.” Assim começavam suas “Paganadas”, o programa de humor de maior audiência em São Paulo na década de 50. O aviso tinha sua razão de ser – mais que um contador de anedotas, ele as criava, olhando a vida da janela de seu apartamento na Barra Funda, bairro da colônia italiana, onde nasceram Pagano e seus principais personagens. Na TV, ele participou de programas alheios (“Bronco Total”, “A Família Trapo”, “Golias Show”) e encerrou a carreira, em 1971, com um só seu: “É Proibido Colocar Cartazes”, na Record de calouros. No cinema, um curto papel em “O Bandido da Luz Vermelha” (1968) deu-lhe o Prêmio Air France de revelação do ano. No cinema, Pagano Sobrinho atuou em filmes como “A Estrada”, com o qual ganhou o prêmio de melhor ator coadjuvante de 1956; “Barnabé, Tu és Meu”, “Casei-me com um Xavante”, “Vou Te Contá”, “Imitando o Sol” e “O Bandido da Luz Vermelha”. Pagano tinha sempre tiradas, frases e interjeições muito engraçadas. Pagano Sobrinho morreu em São Paulo em 23 de Outubro de 1972, aos 62 anos, solteiro e sozinho, de enfarte.

(Fonte: Veja, 1º de novembro, 1972 – Edição n.° 217 – DATAS – Pág; 81)

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