Otávio Mangabeira, engenheiro civil, jornalista, professor, político, diplomata, orador e ensaísta

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Otávio Mangabeira (Salvador, 27 de agosto de 1886 – Rio de Janeiro, 29 de novembro de 1960), engenheiro civil, jornalista, professor, político, diplomata, orador e ensaísta

Otávio Mangabeira nasceu em Salvador, em 1886.

Engenheiro civil, formou-se pela Escola Politécnica da Bahia, em 1905. Iniciou sua carreira política como vereador em Salvador, em 1908. Em 1911, obteve seu primeiro mandato para a Câmara Federal, onde permaneceu até 1926. Nesse período, por várias vezes mudou de partido, acompanhando a instável dinâmica da política baiana durante a República Velha.

Em 1926, logo após a posse de Washington Luís na presidência da República, foi nomeado ministro das Relações Exteriores. Como membro do governo, deu apoio, em 1930, à candidatura situacionista de Júlio Prestes. Ainda que tenha sido declarado vencedor do pleito realizado no mês de março, Júlio Prestes não tomou posse em virtude do movimento armado que levou Getúlio Vargas ao poder, em outubro daquele ano. Nessa ocasião, Mangabeira foi afastado do ministério, preso e, em seguida, obrigado a se exilar na Europa.

Retornou ao Brasil somente em 1934, quando foi anistiado. Conquistou então uma vaga na Câmara Federal, onde se alinhou à Minoria Parlamentar, o bloco que fazia oposição a Vargas no Congresso. Ainda em 1934, assumiu sua cadeira na Academia Brasileira de Letras, para a qual havia sido eleito em 1930, pouco antes da eclosão do movimento revolucionário responsável por seu exílio. Na Câmara, Mangabeira se opôs às medidas repressivas decretadas por Vargas, principalmente após o fracassado levante armado deflagrado em novembro de 1935 por setores da Aliança Nacional Libertadora (ANL), frente anti-fascista e anti-imperialista, integrada por comunistas, socialista e “tenentes” de esquerda.

Perdeu seu mandato parlamentar em novembro de 1937, quando o Congresso foi fechado em virtude do golpe do Estado Novo. Passou, então, a participar de uma conspiração contra o governo, que envolvia integralistas e políticos liberais. Por conta disso, foi preso em março de 1938 e condenado pelo Tribunal de Segurança Nacional. Solto em agosto, foi obrigado novamente a se exilar. Viveu então na Europa e nos Estados Unidos por vários anos.

Em abril de 1945, anistiado, retornou ao Brasil. Ingressou, então, na União Democrática Nacional (UDN), partido que aglutinava a oposição liberal ao Estado Novo. Foi eleito presidente nacional da nova organização e por sua legenda voltou à Câmara Federal, em 1946, como deputado constituinte pela Bahia. Em 1947 elegeu-se governador da Bahia. Passou a defender, nos anos seguintes, a aproximação da UDN com o governo Dutra, eleito pelo PSD em 1945. Essa sua postura visava a viabilização de seu nome como candidato de uma possível coligação entre os dois partidos na eleição presidencial de 1950. O acordo, porém, não vingou e a UDN optou por lançar o brigadeiro Eduardo Gomes como candidato a presidente pela segunda vez consecutiva, sendo novamente derrotada. Em janeiro de 1951, Mangabeira deixou o governo baiano.

Em 1954, participou da campanha movida contra Vargas, que voltara à presidência da República. Em fevereiro do ano seguinte, meses após o suicídio do presidente, retornou à Câmara Federal. Em 1959, elegeu-se senador, sempre pelo estado da Bahia.

Morreu no Rio de Janeiro, em 1960.

(Fonte: http://www.academia.org.br/abl/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=343&sid=243)

(Fonte: http://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/AEraVargas2/biografias/otavio_mangabeira)

[Fonte: Dicionário Histórico Biográfico Brasileiro pós 1930. 2ª ed. Rio de Janeiro: Ed. FGV, 2001]

 

 

 

 

 

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