Os primeiros sobrenomes de que se tem notícia são os patronímicos, nomes que fazem referência ao pai

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Eles foram criados para diferenciar os nomes repetidos, fato comum desde as culturas mais antigas. Os primeiros sobrenomes de que se tem notícia são os patronímicos, nomes que fazem referência ao pai: Simão Filho de Jonas, por exemplo. Esse gênero difundiu-se bastante na língua inglesa, em que há uma grande quantidade de sobrenomes que terminam em son (filho), como Stevenson, ou “filho de Steven”. Como esse método era limitado, alguns sobrenomes começaram a identificar também o local de nascimento: Heron de Alexandria. Eles se tornaram hereditários à medida que a posse das terras passou a ser transmitida de geração a geração. Por isso mesmo, nobreza e clero foram os primeiros segmentos da sociedade a Ter sobrenome, enquanto as classes baixas eram chamadas apenas pelo primeiro nome.
O último nome, identificando a família, era inclusive usado como “documento” na hora da compra e venda da terra, um luxo reservado apenas aos mais favorecidos. “Existem documentos de 1161 em que as pessoas citadas já tinham sobrenomes”, diz a historiadora Rosemeire Monteiro, da Universidade Federal do Ceará. O costume se ampliou com a inclusão de características físicas geográficas ou de nomes de profissões. Assim, o nome Rocha significa que o patriarca dessa família provavelmente vivia numa região rochosa. Silveira, por exemplo, vem do latim silvester (de floresta), que também deu origem ao popular Silva. O registro sistemático dos nomes de família, independente de classe social, começou no século XVI, por decreto da igreja católica, no concílio de terreno (1563).

(FONTE: Revista Super Interessante Especial agosto/2001 pág. 40)

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