O primeiro longa-metragem em 3D feito no Brasil

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primeiro longa-metragem em 3D feito no Brasil

Primeiro 3D do Brasil

Paulo Fontenelle apresentou longa “Se puder… Dirija!” em 19 de agosto de 2013.

Lançamento de comédia teve Gianecchini e Luiz Fernando Guimarães.

“Se puder… Dirija!” é anunciado como primeiro longa-metragem em 3D feito no Brasil – ou ao menos o primeiro com atores de verdade, e não animação. “O que fico feliz é que a gente não fica a dever pra ninguém. Espero que a gente abra portas”, avalia o diretor e roteirista do filme, Paulo Fontenelle, em em entrevista coletiva em 19 de agosto, em São Paulo, logo após a exibição do filme, que estreia em 30 de agosto.

Já o intérprete do protagonista da comédia, Luiz Fernando Guimarães (“Os normais”), prefere apontar outro tipo de “pioneirismo”. “O João me parece um cara bom, e eu nunca tinha feito um cara bom, sempre fazia cara ácidos, sacanas”, observou o ator “Se eu fosse o público, diria: Nossa, o Luiz Fernando está diferente!.”

Guimarães diz isso a despeito do fato de seu personagem ser um manobrista negligente com o filho, Quinho (Gabriel Palhares), e visto como irresponsável pela ex-mulher, Ana (Lavínia Vlasak). O que move a trama é a tentativa de se reaproximar do garoto, passando um dia inteiro com ele – situação excepcional. O nome do filme decorre da profissão de João. Boa parte da ação se passar dentro (ou ao redor) de um veículo. No elenco, estão nomes como Reynaldo Gianecchini, Leandro Hassum, Barbara Paz, Antonio Pedro e Eri Johnson.

Também presente na coletiva, Gianecchini contou ter aceitado o trabalho antes mesmo de ler o roteiro. “Aceitei sem saber. Primeiro, porque a Val [Valkiria Barbosa, produtora] é muito minha amiga, era um filme em 3D, da Disney… Falei: Tô dentro!”, justificou. Em seguida, assegura ter feito avaliação positiva do material. “O roteiro é tão legal, me deixou emocionado. A comédia te permite isso, falar de coisas sérias com riso.”

Durante a entrevista, o diretor e roteirista, Paulo Fontenelle, falou sobre a tecnologia empregada em “Se puder… Dirija!”, assegurando que a técnica não se sobrepõe à trama. “A história é o primeiro passo. Tem que ter uma história, não tem que jogar a tecnologia gratuitamente”, defende-se. Mas depois admite: “O roteiro foi todo adaptado para utilização da tecnologia”.

Questionado se a opção tinha motivações financeiras – nos cinemas, entradas para sessões 3D custam mais caro –, respondeu negativamente. Também ignorou o componente de nacionalidade. “A gente se especializou para entregar [um filme]e o público falar vi um filme em 3D, e não vi um filme brasileiro em 3D”, afirmou.

Mas Fontenelle confessa que pensa em “abrir caminho”. “Torço, porque, se a gente der certo, amanhã vai ter dez filmes [nacionais]em 3D.” Argumenta que “tinha que ser bem feito, não só para ter preço médio do ingresso maior”.

A produtora Valkiria Barbosa comenta que a equipe de fotografia de “Se puder… Dirija!” foi trazida dos Estados Unidos e que “o filme foi todo finalizado em Los Angeles”.

“Foram as mesmas coisas usadas no Spider Man”, exemplifica, citando o mais recente filme do Homem-Aranha, estrelado por Andrew Garfield. “Nosso filme não tem nem um erro de 3D. Muitas vezes, você vê filmes grandes, internacionais, com pessoas pequenininhas.

Nós tivemos muito cuidado com isso”, compara Valkiria. De acordo com ela, “Se puder… Dirija!é um lançamento grande, muito grande, mais de quatrocentas cópias” e ficou 30% mais caro por causa do 3D – o orçamento final é de R$ 8 milhões.

Na opinião de Fontenelle, é um valor adequado aos padrões da indústria do país. “A gente sabia que não pode sair do “orçamento Brasil”. Para isso, a gente se planejou muito, antes de começar a filmar, não só tecnicamente”, explicou, mencionando ensaios prévios feitos com os atores.

Luiz Fernando Guimarães brincou que esses ensaios foram pouco produtivos quando envolviam o cão e o ator mirim com quem contracena. “[Com] criança e cachorro, não dá pra combinar nada antes”, afirmou, olhando para Gabriel Palhares, que tinha 4 anos de idade na época das filmagens e agora tem 5. “Foi uma coisa ótima.

A gente ensaiava um pouquinho, e ele [Gabriel] não fazia as coisas que eu pedia…”, disse Guimarães. “Claro que não, você não manda em mim”, devolveu Gabriel, em uma de suas raras participações na coletiva.

(Fonte: http://g1.globo.com/pop-arte/cinema/noticia/2013/08/primeiro-3d-do-brasil- POP & ARTE – CINEMA – Cauê Muraro –
Do G1, em São Paulo – 19/08/2013)

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