O primeiro gramático

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O primeiro gramático

Joseph de Anxieta (Ilhas Canárias, 19 de março de 1534 – Espírito Santo, 9 de junho de 1595), mais tarde José de Anchieta, padre jesuíta espanhol, um dos fundadores de São Paulo sempre foi poliglota. Nascido nas Ilhas Canárias, em março de 1534, era filho de pai basco e aprendeu, ao mesmo tempo, o castelhano e o complicado idioma paterno. Adolescente, mudou-se para Portugal, onde estudou o português, o latim e o grego.

Por tudo isso, não é de espantar que Anchieta tenha aprendido o tupi tão depressa. Seus companheiros diziam que ele tinha facilidade porque a língua era igualzinha ao basco que assimilara quando pequeno. Bobagem. Tão logo pôs os pés no Brasil, em 1533, aos 19 anos, começou a desenvolver a primeira gramática da língua do globo terrestre.

Em 1560, sua Arte de Grammatica da Lingoa Mais Vsada na Costa do Brasil já era um best-seller entre os jesuítas. O livro, que só seria impresso em 1595, virou leitura de cabeceira dos jovens padres encarregados da catequese. Com ele, nascia o tupi escrito, que Anchieta usou para compor mais de oitenta poemas sacros e peças de teatro, inaugurando a literatura brasileira.

(Fonte: Super Interessante – ANO 12 – N° 12 – LITERATURA – Dezembro de 1998 – Pág: 83)

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