O primeiro filme colorido brasileiro

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O GALÃ VITAMINA

Hélio Souto: modelo viril

Hélio Souto (Rio de Janeiro, 25 de março de 1929 – Atibaia, São Paulo, 5 de outubro de 2001), ator que ficou famoso ao viver o galã da novela “A Moça que Veio de Longe” (TV Excelsior, 64).

Astro de mais de 40 filmes, 40 novelas e várias peças, o ator carioca levou consigo o título de Galã Vitamina, sinônimo do homem brasileiro, alto, forte, machão, briguento, e, acima de tudo, romântico. Sua estreia ocorreu por acaso. Em 1949, aso 20 anos, saía de uma sessão do cinema Roxy, em Copacabana, quando foi convidado pelo iluminador Konstantin Tkaczénko para um teste para o filme Garota Mineira.

Hélio tinha o tipo físico ideal para o personagem: o de campeão de natação, mas, com medo de ser reprovado, faltou ao compromisso. Na segunda vez, Tkaczénko literalmente arrastou o ator para o estúdio. Ganhou o papel e, a partir daí, não parou de atuar e tornou-se presença garantida nas telonas nacionais.

Participou do primeiro filme colorido brasileiro, Destino em Apuros, ao lado de Paulo Autran e Beatriz Consuelo, em 1952. Com Walter Hugo Khouri filmou Fronteiras do Inferno.

Em 1960, estreou na produção e direção com Conceição, filme em que atuou. Na TV, esteve presente em momentos históricos, participando da inauguração das TVs Cultura, Excelsior e Tupi do Rio de Janeiro.

Com a Moça Que Veio de Longe, estrelou a primeira novela de sucesso no Brasil. Na Globo, esteve em produções marcantes, como A Grande Mentira, Loco Motivas, Te Contei e Guerra dos Sexos.

No ápice de sua carreira, surgiu também a fortuna. Durante as filmagens de Destino em Apuros, rodado na fazenda do usineiro Fúlvio Morganti, conheceu Maria Helena, a rainha do açúcar, que se apaixonou pelo galã.

Seu casamento com Maria Helena inaugurou a fase de festas e esbanjamento, mas com o fim da união, após 22 anos, enfrentou crise de alcoolismo e a desilusão na carreira. Recuperou-se em 1979, ao conhecer Mara Cedro, sua última mulher, com quem teve dois filhos.

Com Mara, fundou a Marélio Produções Artísticas e voltou à ativa com o bangue-bangue Sertão dos Homens sem Lei, no papel de vilão. Em 1980, voltou ao teatro com um nu frontal em Hélio Souto, Eu Te Amo, provando que a fama de galã antiquado não o impedia de vencer o medo da nudez no palco.

Depois foi mais longe ao aparecer travestido nos palcos de São Paulo em Viva sem Medo Suas Fantasias Sexuais (82). Suas últimas participações na TV foram em minisséries da Globo, como O Memorial de Maria Moura, em 1994.

No cinema atuou em “O Comprador de Fazendas” (51), um dos mais bem-sucedidos filmes nacionais da década de 50.

Entre seus trabalhos recentes, estão papéis na novela “Serras Azuis” (Bandeirantes, 98) e na minissérie “Memorial de Maria Moura” (Globo, 94).

Para diversas gerações, o ator Hélio Souto, foi um dos principais galãs brasileiros, no melhor estilo do homem alto, forte, machão, namorador e bom de briga, fama cultivada no decorrer de uma carreira que remonta aos tempos do Teatro Universitário do Rio de Janeiro.

No começo da televisão no Brasil, nos anos 50, integrou o elenco das extintas redes Tupi e Excelsior, pioneiras de um período em que não existia videoteipe. Pelo porte atlético, Souto chegou a receber o rótulo de Galã Vitamina.

O ator esteve em diversas novelas da Globo, como no papel de Nenê Gomalina, em Guerra dos Sexos, em Locomotivas, em A Grande Mentira e na minissérie Memorial de Maria Moura. Estreou no cinema em 1952, no filme Destino em Apuros, o primeiro longa-metragem colorido brasileiro.

Entre seus casamentos, o primeiro foi com a milionária Maria Helena Morganti e durou 22 anos. Com Mara Cedro, o último, teve dois filhos. Conhecido pelo grande público por meio da TV e do cinema, manteve sempre um pé no teatro. Nos anos 80 chegou a fazer uma peça que levava o próprio nome: Hélio Souto, Eu Te Amo, na qual aparecia em um provocativo nu frontal.

Hélio Souto morreu no dia 5 de outubro de 2001, aos 72 anos, vítima de um infarto, em seu sítio em Atibaia, São Paulo.

Filmes em que trabalhou

Como ator

Sonhos de Menina Moça(1987)

Um Casal de 3(1982)

A Volta de Jerônimo(1981)

Mulher Objeto(1981)

Motel, Refúgio do Amor(1980)

Noite de Orgia(1980)

Desejo Selvagem(1979)

O Cinderelo Trapalhão(1979)

Viúvas Precisam de Consolo(1979)

Mulher Desejada(1978)

A Noite da Fêmeas(1976)

Já Não Se Faz Amor Como Antigamente(1976)

Bacalhau(1975)

Os Desclassificados(1972)

Mord in Rio(1963)

O Cabeleira(1963)

Conceição(1960)

Fronteiras do Inferno(1959)

Dioguinho(1957)

Armas da Vingança(1955)

Três Garimpeiros(1955)

Destino em Apuros(1954)

Agulha no Palheiro(1953)

O Homem Dos Papagaios(1953)

Luzes nas Sombras(1952)

O Comprador de Fazendas(1951)

Garota Mineira(1950)

Como diretor

Conceição(1960)

 

 

(Fonte: Veja, 17 de outubro de 2001 – ANO 34 – Nº 41 – Edição 1722 – DATAS – Pág; 139)

(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff0810200114 – FOLHA DE S.PAULO – COTIDIANO – 8 de outubro de 2001)

(Fonte: http://cultura.estadao.com.br/noticias/cinema – 20011009p2639 – CULTURA – CINEMA – AGENCIA ESTADO – 9 Outubro 2001)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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