O primeiro bebê órfão de pai antes mesmo de concebido

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O primeiro bebê órfão de pai antes mesmo de concebido

VIDA APÓS A MORTE

Brandalynn nasceu em 17 de março de 1999, em Los Angeles, órfã de pai. O anúncio do nascimento da menina no início de março chamou a atenção. A pequena é resultado de um feito inédito na medicina. Brandalynn foi concebida quatro anos depois da morte do pai, Bruce Vernoff, aos 35 anos, vítima de uma overdose acidental de medicamentos. Um dia após o acidente, a mulher de Bruce, Gaby, hoje com 31 anos, recorreu a um urologista e pediu que o médico coletasse os espermatozóides do marido e os mantivesse congelados num freezer de laboratório. Em junho de 1998, foi feita a fertilização in vitro.

Os espermatozóides de Bruce foram injetados nos óvulos de Gaby. Fertilizado, um dos óvulos foi colocado no útero dela. Nove meses depois nascia Brandalynn. A retirada e o congelamento de esperma de cadáveres não são novidade, sobretudo em alguns países desenvolvidos. Mas a garotinha de Los Angeles entra para a História como o primeiro bebê órfão de pai antes mesmo de concebido. E reacende o debate sobre a ética num campo da medicina ainda novo, o da reprodução humana. Na Inglaterra, por exemplo, exige-se autorização por escrito do doador de sêmen para uma eventual fertilização depois de sua morte.

(Fonte: Veja, 21 de abril de 1999 – ANO 32 – N° 16 – Edição n° 1594 – DATAS – LUPA – Pág; 121)

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