O primeiro bebê de proveta da América Latina

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“Ouço falar dele desde criança”, diz primeiro bebê de proveta do Brasil sobre Nobel

Prestes a completar 26 anos, Anna Paula Caldeira conversou com o G1.

Embriologista britânico foi premiado por desenvolver fertilização in vitro.

O anúncio do Nobel de Medicina de 2010 para Robert Edwards, criador da fertilização in vitro, fez uma brasileira de São José dos Pinhais (PR) lembrar-se do passado. “Ouço falar sobre ele desde criança.” A memória é de Anna Paula Caldeira, primeiro bebê de proveta da América Latina, nascida em 7 de outubro de 1984.

“Acho que a pesquisa tem grande relevância científica, mas o principal é que o trabalho dele gerou esperanças para milhões de mães”, afirma Anna Paula, formada em nutrição, mas atualmente trabalhando com marketing. “No caso da minha mãe, ela já havia concebido cinco filhos, mas quantas mães não tiveram esperança por causa do meu caso?”

A operação de fertilização da mãe, Ilza Caldeira, foi realizada por Milton Nakamura, médico falecido em 1997. “Junto com minha mãe, outras cinco mulheres também tentaram ter filhos mas não conseguiram”, disse Anna Paula. “Acredito em uma força divina. Quem acaba decidindo que vai nascer é o universo, não é somente ciência.”

Nascida apenas seis anos depois de Louise Joy Brown, primeiro bebê de proveta no mundo, a nutricionista pôde conhecer a britânica em 2008. “Nos encontramos em um evento ligado aos 30 anos dela aqui no Brasil”, disse a paranaense.”Por incrível que pareça, acho que conheço poucas pessoas que nasceram por fertilização in vitro”.

Louise está atualmente com 32 anos e já tem um filho. Para Anna Paula, o momento de gerar um bebê ainda está longe e diz não sentir pressão nesse sentido.

“Nunca houve pressão para nada, nem mesmo para testes psicológicos”, diz a nutricionista. “Minha mãe soube me proteger muito bem quanto a isso, quando os médicos sugeriam testes ela respondia, dizendo que eu era uma menina normal.”

Mesmo com o assédio da imprensa nos anos 1980, Anna Paula ainda fala com naturalidade sobre fertilização.

“Por causa do assédio da mídia desde cedo, meus pais nunca esconderam o que aconteceu comigo, sempre soube lidar com isso”, diz Anna Paula. “Durante a minha rotina, esqueço do assunto, mas sempre o caso volta à tona.”

Infertilidade

Segundo a Nobel Foundation, cerca de 4 milhões de pessoas já nasceram desde 1978 graças ao método de Edwards. Nos países desenvolvidos, entre 1% e 2% dos casais apresentam problemas para ter filhos.

As causas para a infertilidade podem ser fruto de más-formações nos óvulos ou nos espermatozoides. As trompas de falópio, que ligam o ovário ao útero, também podem estar obstruídas, o que impede a criação do ovo fertilizado.

A técnica desenvolvida após 20 anos de pesquisa por Edwards consiste na retirada do óvulo para fertilização em laboratório. Em seguida, o material é colocado no útero da mulher e cresce normalmente, como um feto normal.

(Fonte: www.g1.globo.com/ciencia-e-saude/ Por Mário Barra – Do G1, em São Paulo -05/10/2010)

“Junto com minha mãe, outras cinco mulheres também tentaram ter filhos mas não conseguiram. Acredito em uma força divina. Quem acaba decidindo quem vai nascer é o universo, não é somente a ciência”

Anna Paula Caldeira, primeiro bebê de proveta da América Latina

 

 

 

 

1º bebê de proveta nascia há 39 anos; método mudou história da medicina

25 de julho de 1978 ficou marcado na história da medicina por ser o dia do nascimento de Louise Joy Brown, o primeiro bebê a nascer de uma fertilização in vitro. Após nove anos tentando engravidar, sem sucesso, o casal Leslie e John Brown recorreu a uma equipe de pesquisadores liderada por Patrick Steptoe e Bob Edwards, que haviam criado um método inovador: juntar óvulos com os espermatozoides dentro de um laboratório, transferindo-os posteriormente esses embriões para o útero.

 

O processo era experimental na época e, por isso, foi feito sob grande sigilo. Antes, a equipe já havia tentado com centenas de embriões, mas sem obter sucesso. Exatamente por isso, o desenvolvimento e posterior nascimento da criança foi um grande “milagre”.

 

(Fonte:https://estilo.uol.com.br/gravidez-e-filhos/noticias/redacao/2017/07/25 – GRAVIDEZ e FILHOS/ Do UOL, em São Paulo 25/07/2017)

 

 

 

 

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