O inventor da história da MPB

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O INVENTOR DA HISTÓRIA DA MPB
Almir Chediak (1950-2003), nasceu no dia 21 de junho de 1950, no Rio de Janeiro, teve a vida musical marcada pela infância, quando estudou violão, no bairro carioca de Vila Isabel, com o lendário Dino Sete Cordas. Deu início ao processo de padronização das cifras no Brasil, criou a Lumiar Editora. Músico, compositor e produtor musical. O violonista e arranjador Almir pouco aparecia no palco, as canções que compunha nunca freqüentaram as paradas de sucesso, mas a sua morte afetou a música brasileira em um de seus pontos menos iluminados e mais sensíveis: a memória.
Organizou e editou o songbook de Caetano Veloso, em 1988, reunindo partituras e textos nalíticos e biográficos sobre o baiano, Chediak praticamente inaugurou a história da MPB. Procurou e conseguiu, por meio de sua editora Lumiar, passou a limpo vida e obra dos grandes músicos brasileiros, normatizando a notação musical, ao mesmo tempo em que popularizava e refinava a execução dos clássicos da MPB através de pautas revisadas pelos próprios autores.
Caetano abriu uma coleção de songbooks que tratariam de bossa nova, Tom Jobim, Noel Rosa, Dorival Caymmi, Cazuza, Ary Barroso, Carlos Lyra, Gilberto Gil, Rita Lee, Djavan, Chico Buarque, João Donato, Pixinguinha e Braguinha e João Bosco.
Retribuiu ensinando harmonia musical e técnica de violão a várias gerações, tendo como alunos desde os veteranos Nara Leão, Moraes Moreira, Gal Costa, Elba Ramalho e Tim Maia até os novos Pedro Gil, Moreno Veloso e Davi Moraes. São também de Chediak dois dos principais livros de teoria musical lançado nos últimos anos: Dicionário de Acordes Cifrados e Harmonia & Improvisação. A Lumiar também criou o selo musical que lançou discos com Cristóvão Bastos, João Donato, João Nogueira e Leny Andrade, entre outros.
O produtor musical compositor e professor de música, morreu no dia 25 de maio de 2003, aos 52 anos, na região serrana do Rio, em Petrópolis criador da série de songbooks, em homenagem a grandes compositores brasileiros.

(Fonte: Zero Hora – Ano 40 – N° 13.808 – Porto Alegre, 27 de maio de 2003 – POLÍCIA – MPB – por Renato Mendonça – Pág; 32)

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