Nino Rota (1911-1979), compositor italiano, célebre por suas composições executadas no cinema

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Nino Rota (1911-1979), compositor italiano, célebre por suas composições executadas no cinema, mais conhecido por ter sido autor das músicas dos filmes “Amarcord”, do diretor italiano Federico Fellini, e “O Poderoso Chefão”, do diretor americano Francis Ford Coppola, que lhe valeu o Oscar de música em 1975; nascido em Milão no dia 3 de Dezembro de 1911, aos 12 anos compôs um oratório e aos 15, uma comédia lírica; já adulto, produziu trabalhos sinfônicos, música de câmara e óperas; de 1930 a 1932, Nino Rota viveu nos Estados Unidos da América. Ganhou uma bolsa de estudo no Curtis Institute of Philadelphia, onde frequentou as aulas de composição de Rosario Scalero e as aulas de orquestra dadas por Fritz Reiner. Regressou à Itália onde se licenciou em literatura na Universidade de Milão. Em 1937, iniciou a sua carreira docente que o levou à direcção do conservatório de Bari, um título que manteve desde 1950 até a data do seu falecimento em 1979. Em 1933, trabalhando com cinema pela primeira vez, compôs o tema musical de “Treno Popolare”, filme do diretor Raffaello Matarazzo;

desde então dedicou a maior parte de seu tempo ao cinema, mas paralelamente seguiu a carreira erudita e se aposentou em 1976 da presidência do Conservatório Musical de Bari; fez também música de cena para teatro; entre os filmes que musicou constam “Guerra e Paz”, do diretor King Vidor; “A Grande Guerra”, de Mario Monicelli; “Rocco e Seus Irmãos”, e “Vagas Estrelas da Ursa Maior”, e “O Leopardo”, de Lucchino Visconti; “Romeu e Julieta”, de Franco Zeffirelli; e todos os filmes de Federico Fellini, de “Abismo de um Sonho” ao recente “Prova di Orchestra”, passando por “A Estrada da Vida” (canção “Gelsomina”); seu último trabalho pronto foi a música de cena para a peça “As You Like It”, ora representada em Roma; seus grandes êxitos financeiros foram a canção “A Time for Us”, do filme “Romeu e Julieta”, e a trilha “Amarcord”; ultimamente trabalhava na música do filme “La Città delle Donne”, de Fellini, mas não chegou a completá-la; começou a estudar música com a mãe pianista e o pai violinista, mas teve professores como Stravinsky e Toscanini; considerava “Amarcord” seu principal trabalho e declarou: “Num certo sentido foi em ‘Amarcord’ que eu e Fellini nos encontramos: aquele cego que toca acordeão o filme todo é um pouco como Fellini e um pouco como eu próprio”. Rota morreu no dia 10 de abril de 1979, aos 68 anos, de hemorragia cerebral, na Villa del Rosario, Roma.

(Fonte: Veja, 18 de abril, 1979 – Edição n.° 554 – DATAS – Pág; 98)

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