Nina Simone, uma das últimas divas do jazz e dos blues

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Na década de 90 várias antologias suas foram editadas e Nina Simone continuou a fazer aparições públicas em festivais de jazz

 

 

A cantora Nina Simone gravou mais de 30 discos

 

 

Nina Simone (Tryon, na Carolina do Norte, em 21 de fevereiro de 1933 – Carry-le-Rouet, 20 de abril de 2003), uma das últimas divas do jazz e dos blues.

 

Uma das mais belas vozes do jazz e do blues já nascida nos Estados Unidos, marcou sucesso com uma discografia que reúne mais de 30 álbuns e interpretação definitivas como as de “My Baby Just Cares for Me” (1966) e “One Night Stand” (1967), com a mesma discrição que marcou a carreira iniciada nos anos 50.

 

 

A cantora nascida em Tyron, na Carolina do Norte, em fevereiro de 1933, acumulou prestígio e elogios da crítica para sua voz rouca. A versão para “Ne me Quitte Pas” pode ser considerado como o maior sucesso internacional.

 

 

 

 

Mas o repertório eclético por ela registrado vai de Duke Ellington a Bob Dylan, passando por Leonard Cohen e Bee Gees.

 

 

 

A cantora, celebrizada pelas suas intervenções em defesa dos direitos cívicos dos negros e interpretações de gospel e George Gershwin, era considerada uma das maiores e mais influentes cantoras e compositoras do seu tempo.

 

 

 

Nascida Eunice Waymon em 21 de fevereiro de 1933 em Tryon, na Carolina do Norte, Nina Simone era a sexta de uma família pobre de sete irmãos. Iniciou os estudos de piano com apenas quatro anos, que continuaria já na adolescência na prestigiada Julliard School of Music de Nova Iorque, uma oportunidade rara para uma mulher negra na década de 50.

 

 

 

Em 1959 editou o seu primeiro “single”, “I love you Porgy”, a primeira das muitas composições de Gershwin celebrizadas na sua voz. A canção foi um êxito imediato, logo seguido por “My baby just cares for me”, o tema que a imortalizaria. Reeditado em 1987, “My baby just cares for me” vendeu 175 mil cópias na sua primeira semana de edição e introduziu Simone a toda uma nova geração de admiradores, tornando-se numa das composições mais ouvidas do século XX.

 

 

 

Entre os seus principais êxitos contam-se também canções de forte crítica social como “Mississippi goddamn” e “Old Jim Crow”, ou ainda “Aint got no – I got life” e “Pirate Jenny”, esta de Kurt Weill. A sua versão de 1965 de “I put a spell on you”, de Screamin” Jay Hawkins – também o título da sua autobiografia, publicada em 1991 -, levou-a aos tops europeus pela primeira vez.

 

 

 

Enigmática e excêntrica, Simone desafiava todas as categorizações – era ao mesmo tempo uma cantora de jazz, de blues, pop, gospel e folk, bem como uma pianista exímia. Mas também tinha a reputação de ser difícil e temperamental, ameaçando – num ato muitas vezes consumando – abandonar o palco em inúmeras atuações, em protesto contra o ruído do público. No auge da sua fama participou ativamente no movimento dos direitos cívicos dos negros norte-americanos, ficando célebres as suas ligações ao dramaturgo radical Lorraine Hansberry e a Malcolm X.

 

 

 

Em meados dos anos 70 adotou um estilo de vida nômada, impondo-se um exílio por alegadamente se sentir cansada da política nos EUA, onde se sentia menos reconhecida do que na Europa. Na década de 80 viveu em Barbados, Suíça, França, Libéria e Inglaterra, estabelecendo-se em definitivo em 1993 no Sul de França, onde teve vários problemas com a lei.

 

 

Na década de 90 várias antologias suas foram editadas e Nina Simone continuou a fazer aparições públicas em festivais de jazz em França, Grécia e Irlanda.

 

Nos últimos anos, a artista preparava o CD Simone Supestar, em que contaria com uma participação especial de sua filha, a também cantora Lisa Celeste.

 

Segundo o seu agente, a cantora estava doente há já algum tempo.

Nina Simone morreu em 20 de abril de 2003, aos 70 anos, na sua casa em Carry-le-Rouet, no sul de França, onde vivia há uma década.

O empresário Clifton Henderson disse que a cantora estava doente há muito tempo.

(Fonte: http://www.publico.pt/cultura/noticia – CULTURA – 22 de abril de 2003)

(Fonte: https://www.terra.com.br/istoegente/195/aconteceu – Edição 195 – ACONTECEU – TRIBUTO / por Dirceu Alves Jr. – 28/04/2003)

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