Nelson Ernesto Filpo Nuñez, técnico de futebol, foi o único estrangeiro a dirigir a seleção canarinho

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FILPO NUÑES: o único estrangeiro a dirigir uma seleção brasileira

 

Nelson Ernesto Filpo Nuñez (Buenos Aires, 19 de agosto de 1920 – São Paulo, 7 de março de 1999), técnico de futebol. Argentino naturalizado brasileiro, foi o único estrangeiro a dirigir a seleção canarinho.

 

O técnico de futebol Ernesto Filpo Nuñez, nasceu na Argentina, ganhou notoriedade na década de 60, quando dirigiu o time do Palmeiras, que passou a ser chamado de Academia, por causa dos inúmeros títulos conquistados e pelo alto nível técnico de seus jogadores.

 

Treinou mais de vinte clubes brasileiros e viveu seu período de maior sucesso na década de 60, quando montou um dos melhores times da história do Palmeiras, conhecido como Academia, teve duas rápidas e frustrantes passagens pelo Corinthians.

 

Outro feito importante do treinador foi ter sido o único estrangeiro a dirigir a seleção brasileira. Em setembro de 1965, o Palmeiras representou a seleção em um amistoso contra o Uruguai, durante as comemorações de inauguração do Mineirão, e venceu por 3 a 0.
Ultimamente, ele participava de um projeto esportivo envolvendo crianças e adolescentes, na Favela Heliópolis, onde morava.

 

Ernesto Filpo Nuñez morreu no dia 7 de março de 1999, aos 81 anos, de ataque cardíaco, em São Paulo.
(Fonte: Veja, 17 de março de 1999 – ANO 32 – N° 11 – Edição 1589 – DATAS – Pág; 125)

(Fonte: https://www.folhadelondrina.com.br/esporte / ESPORTE /  São Paulo (AE) – 

 

 

 

 

 

 

 

Títulos no Palmeiras: Rio-São Paulo (1965).
Dirigiu o Palmeiras em: 64-65; 68-69; 78-79.
Campanha: 154 jogos, 94 vitórias, 27 empates, 33 derrotas.

Filpo Nunes, o folclórico

No dia 15 de janeiro de 1966, XV de Piracicaba e Portuguesa Santista foram ao Estádio do Morumbi para jogar exatos três minutos de futebol com portões fechados ao público, em partida do Paulistão do ano anterior, conforme determinação do antigo CND (Conselho Nacional de Desportos).
A decisão do então órgão normativo foi decorrente de partida inacabada entre ambos, com resultado de 1 a 1, no dia 3 de novembro de 1965, no Estádio Barão de Serra Negra, em Piracicaba (SP), porque a torcida local invadiu o gramado. E, sem segurança, o time de Santos – também conhecido como “Briosa” – refugiou no vestiário visitante e resistiu ao prosseguimento do jogo, mesmo com insistência do árbitro José Astolphi, após contornar a situação. E com a complementação do tempo sem alteração no placar, o “Nho Quim” foi rebaixado à segunda divisão.

 

Por que o relato desse fato? Por dois motivos fundamentais. Primeiro o disparate do CND em determinar o deslocamento dos clubes para um campo neutro, a fim de que jogassem três minutos. Depois, a constatação que o técnico argentino Nelson Ernesto Filpo Nunes, no comando do XV, começaria a fase decadente no futebol. Ele trabalhou na maioria dos Estados brasileiros, inclusive com boa passagem pelo Vasco em 1960, com vitoriosa excursão pelo Nordeste. Filpo morreu em março de 1999.

DOM FILPO

Na década de 50, quando aportou em Santos, o treinador foi identificado como Dom Filpo ao salvar o Jabaquara do rebaixamento em 1957, ano em que o time venceu o Santos de virada por 2 a 1.

Em 1959, já na Briosa, Filpo, um bom marqueteiro, soube capitalizar após invencibilidade de 15 partidas, em excursão por Angola e Moçambique, países africanos. Pode-se dizer que aí começou sua ascensão no futebol, até que em 1964 foi contratado pelo Palmeiras, que tinha um timaço, culminando com o batismo de “academia do futebol” no ano seguinte.

A equipe era tão respeitada a ponto de a antiga CBD (Confederação Brasileira de Desportos) requisitá-la para representar a Seleção Brasileira na inauguração do Estádio Magalhães Pinto, o Mineirão, no dia 7 de setembro de 1965, em partida amistosa contra o Uruguai. E foi show de bola dos palmeirenses, com goleada por 3 a 0, gols de Tupãzinho, Rinaldo e Germano, num time formado por Valdir de Moraes (Picasso); Djalma Santos, Djalma Dias, Valdemar Carabina (Procópio) e Ferrari; Dudu (Zequinha) e Ademir da Guia; Julinho (Germano), Servílio, Tupãzinho (Ademar Pantera) e Rinaldo (Dario). O jogo foi visto por 96.669 pessoas.

Com essa recomendável passagem, Filpo ganhou apelido de “El Bandaneon”, deixou as portas abertas no Palmeiras, e, numa das voltas, em jogo contra o Náutico, em Recife, com gramado encharcado, justificou a conotação de técnico folclórico.

GARGALHADAS

Após o atacante César ter perdido um pênalti, transtornado, invadiu o gramado, colocou a bola na marca de pênalti com a intenção de mostrar ao jogador como converter a cobrança. Só que ao correr para bola escorregou, caiu, e o estádio “caiu” em gargalhadas.
Antigos palmeirenses reconheceram méritos de Filpo Nunes para motivar jogadores. A rigor, por isso era sempre requisitado para comandar clubes em crise. Com boa psicologia, sabia injetar vibração ao grupo e extraía bons resultados no começo do trabalho. Posteriormente caía na rotina.

(Fonte: www.horadopovo.com.br – ARIOVALDO IZAC/ jornalista em Campinas e colaborador do HP)

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