Neil Smith, geógrafo escocês, professor de Antropologia e Geografia da City University of New York. Ele foi o responsável por cunhar a expressão “gentrification” para designar os processos de valorização imobiliária e expulsão dos moradores originais nas experiências de renovação de áreas centrais.

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Escocês dedicou a carreira a estudar conexões entre antropologia, economia e geografia

Neil Smith (Leith, Escócia, 18 de junho de 1954 – Nova York, 29 de setembro de 2012), geógrafo escocês, professor de Antropologia e Geografia da City University of New York. Ele foi o responsável por cunhar a expressão “gentrification” para designar os processos de valorização imobiliária e expulsão dos moradores originais nas experiências de renovação de áreas centrais.

Este fenômeno começou a ocorrer no final dos anos 1970, em várias cidades do mundo, no âmbito dos processos de globalização e de transformação da gestão das cidades na era neoliberal, e os estudos do professor Neil Smith foram essenciais para compreendê-lo.

O fato é que o trabalho de Neil Smith acabou se tornando referência para uma geração inteira de pesquisadores sobre a questão urbana. Além disso, mais do que um pesquisador, ele também desenvolveu uma forte relação com os ativistas do direito à cidade não apenas nos EUA, mas no mundo, articulando a capacidade de pensar e refletir sobre a realidade com a possibilidade de agir sobre ela.

Smith era considerado um dos mais importantes geógrafos contemporâneos. Ele lecionava antropologia urbana, cultural e ambiental na City University of New York.

Ele dedicou sua carreira a estudar as conexões entre campos aparentemente distantes: a geografia, a antropologia e a economia.

Seu estudo focava principalmente as questões de desenvolvimento e transformação dos centros urbanos, em especial nos EUA e na Europa, e a relação entre estas transformações e a lógica do capitalismo.

Smith argumentava que os espaços, seja em escala global ou local, são fruto não só das relações sociais, como também das relações capitalistas com o território.

Essa teoria rendeu uma de suas obras mais conhecidas, “Uneven Development: Nature, Capital, and the Production of Space” (“Desenvolvimento desigual: Natureza, capital e produção do espaço”, em tradução livre), de 1984.

Nascido em 1954, na cidade escocesa de Leith, ele começou os estudos no Reino Unido. Em seguida, partiu para os EUA, onde chefiou o departamento de Geografia da Universidade Rutgers.

De sua obra, destaco o artigo seminal “Toward a Theory of Gentrification A Back to the City Movement by Capital, not People“, de 1979, publicado no Journal of the American Planning Association; e também o livro ”New Urban Frontier: Gentrification and the Revanchist City”, de 1996, entre muitas outras.

Ele era co-editor da revista “Society and Space” e fazia parte da equipe da “Nature”.

Neil Smith morreu em 29 de setembro de 2012, aos 58 anos de falência múltipla dos órgãos. Ele estava internado em um hospital de Nova York (EUA).

(Fonte: http://jornalggn.com.br – BLOG DO LUIS NASSIF/ por Raquel Rolnik – 01/10/2012)

(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mundo – FOLHA DE S.PAULO – MUNDO – DE SÃO PAULO – 30 de setembro de 2012)

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