Mozart Vianna, ex-Secretário-Geral da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados

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Ex-secretário-geral Mozart Vianna, era auxiliar direto de 12 presidentes da Câmara

Servidor chegou à Câmara como datilógrafo em 1975 e avançou na carreira por meio da aprovação em concursos. Ele tinha se aposentado em 2015.

 

O secretário-geral da Câmara, Mozart Vianna (dir.), em 2014, com o então presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves — (Foto: Gustavo Lima / Câmara dos Deputados)

 

Mozart Vianna (Corinto, no interior de Minas Gerais, – Brasília, 7 de junho de 2021), ex-Secretário-Geral da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, e considerado o “pai do regimento interno”. Ele foi secretário-geral da Mesa de 1991 até sua aposentadoria, tendo assessorado mais de dez presidentes da Casa.

 

Mozart Vianna de Paiva começou a trabalhar na Câmara como datilógrafo, em 1975, aprovado em concurso público. Em 1984, assumiu o cargo de secretário da Comissão de Redação.

 

A partir da Constituinte de 1988, passou a trabalhar na SGM até ocupar, em 1991, o posto de Secretário-Geral da Mesa, no qual permaneceu até a aposentadoria como servidor público em 10 de abril de 2000, e continuou sem interrupção como ocupante de cargo de natureza especial até 2011, retornando para um último período de 2013 a 2015.

 

Na Constituinte, foi Supervisor do Grupo de Apoio da SGM, coordenando uma equipe de 150 funcionários, dividida em vários grupos de trabalho, que atuou em todas as fases, da preparação do regimento interno até a redação final do projeto de Constituição.

 

Vianna, ou “doutor Mozart”, como ficou conhecido na Câmara, era considerado um profundo conhecedor do regimento interno da Casa. Ele atuou como braço-direito de 12 presidentes da Câmara ao longo de quase 40 anos.

Doutor Mozart auxiliou diretamente os ex-presidentes Ibsen Pinheiro, Inocêncio Oliveira, Luís Eduardo Magalhães, Michel Temer, Aécio Neves, Efraim de Morais, João Paulo Cunha, Severino Cavalcanti, Aldo Rebelo, Arlindo Chinaglia, Henrique Eduardo Alves e Eduardo Cunha. Ele se aposentou em 2015.

Ele chegou a cogitar aposentadoria em 2011. Ficou fora da Câmara até 2013, trabalhando no setor privado, mas retornou ao Legislativo em 2013, a convite do então presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves.

Em 2015, ao anunciar a aposentadoria, aceitou convite para integrar a equipe do então vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), que, à época, havia assumido a função de articulador político do governo de Dilma Rousseff.

Mozart Vianna de Paiva nasceu em Corinto, no interior de Minas Gerais. Chegou à Câmara dos Deputados como datilógrafo, em 1975, e foi avançando na carreira, por meio de outros concursos públicos. Ela formado em Letras, pelo Centro Universitário de Brasília.

Conhecedor do regimento, recebeu do ex-deputado Ulysses Guimarães — em razão das orientações precisas em plenário — o apelido de “Espírito Santo do Ouvido”.

Doutor Mozart teve atuação decisiva durante a Assembleia Nacional Constituinte. O servidor coordenou a comissão que deu a redação final à Constituição.

Ele se tornou popular entre parlamentares e servidores porque era muito acessível. Atendia a todos no gabinete que ocupava no prédio principal da Câmara dos Deputados.
Mozart Vianna faleceu em 7 de junho aos 70 anos em Brasília.

Homenagens

A morte do ex-secretário-geral consternou parlamentares e ex-parlamentares, servidores e jornalistas que conviveram com Vianna. Leia abaixo algumas manifestações:

  • Aécio Neves, deputado (PSDB-MG), presidente da Comissão de Relações Exteriores e ex-presidente da Câmara – “O Brasil perde um servidor público exemplar. Altamente preparado, dedicado e discreto, por onde passou Mozart deixou amigos e admiradores entre os quais me incluo. Me orgulho muito dos vários anos em que trabalhamos juntos. Que Deus possa confortar seus familiares e amigos.”
  • Alceu Moreira, deputado (PSDB-RS) – Mozart Vianna, ex-secretário da Câmara dos Deputados, nos deixou nesta segunda. Alguém que dedicou a vida ao bem do Brasil, conduzindo a Câmara indiferente de partidos. Considerado o pai do Regimento Interno, deixa um legado político fundamental. Solidariedade à família e aos amigos.
  • Arlindo Chinaglia, deputado (PT-SP), ex-presidente da Câmara – “Lamentavelmente, faleceu agora à tarde, o dr Mozart Vianna. De uma integridade absoluta, profissional extremamente capaz e dedicado, um servidor público exemplar. Foi Secretário Geral da Mesa da Câmara dos Deputados por 20 anos. Convivi vários anos com o dr Mozart, inclusive e especialmente como presidente da Câmara dos Deputados quando trabalhamos diuturnamente juntos. E com ele aprendi muito sobre o Regimento Interno da Câmara e como interpretá-lo corretamente. Gentil e atencioso, também solidário, e ao mesmo tempo corajoso.”
  • Arthur Lira, deputado (PP-AL), presidente da Câmara – “Em nome de todos os funcionários da Câmara dos Deputados, lamento o falecimento de Mozart Vianna, o mais longínquo e respeitado Secretário-Geral da Mesa, notadamente um dos maiores conhecedores do regimento interno. Meus sentimentos aos familiares e amigos.”
  • Bia Kicis (PSL-DF), deputada, presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Câmara – “Registro meu profundo pesar pelo falecimento do servidor aposentado da Câmara, Mozart Viana, ex-secretário-geral da Mesa. Mozart era querido e respeitado por todos em todos os lugares por onde passou. Minha solidariedade à família, amigos e colegas de trabalho.”
  • Bruno Araújo, ex-deputado e presidente nacional do PSDB – “O Brasil perde um dos maiores exemplos de Servidor Público. Nos bastidores Mozart Vianna foi protagonista de momentos decisivos da vida pública brasileira auxiliando Presidentes e parlamentares no Congresso Nacional. Meus mais sinceros sentimentos a toda sua família.”
  • Chico D’Angelo, deputado (PDT-RJ) – “Meus profundos sentimentos à família e amigos de Mozart Vianna, funcionário de carreira da Câmara que faleceu hoje. Um grande profissional! Que Deus conforte o coração de todos.”
  • Dias Toffoli, ministro do Supremo Tribunal Federal – “É com imensa tristeza que manifesto meu pesar pelo falecimento do ex-Secretário Geral da Mesa (SGM) da Câmara dos Deputados, Mozart Vianna de Paiva. Reconhecido pela competência, isenção na condução dos trabalhos, humildade e serenidade. Foram cerca de 40 anos prestando serviço à Câmara dos Deputados. Passou pela Constituinte e durante 24 anos esteve ao lado de 11 presidentes auxiliando nas Sessões. Meus sinceros sentimentos à família e a todos os servidores e parlamentares”.
  • Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara dos Deputados – “Acabo de tomar conhecimento do falecimento do ex secretário geral da mesa da Câmara, Mozart Vianna, profissional muito respeitado por todos nós, tendo também trabalhado comigo, antes de sua aposentadoria.”
  • José Serra, senador (PSDB-SP) – “Mais uma dura perda. Morreu nesta tarde Mozart Vianna, ex-secretário da Câmara do Deputados, servidor público exemplar, reconhecido e respeitado por todos, o pai do regimento naquela Casa. Meus sentimentos à família e aos amigos.”
  • Michel Temer, ex-presidente da República e da Câmara – “Dia de luto… Acabo de ser avisado do falecimento do meu amigo Mozart Vianna. Como Secretário Geral da Câmara dos Deputados, Dr. Mozart prestou relevantes serviços à mim, ao Congresso Nacional e ao Brasil. Descanse em paz.”
  • Marco Maia, ex-presidente da Câmara dos Deputados – “Lamentamos profundamente o falecimento do ex-secretário da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, Mozart Vianna de Paiva. Tive a oportunidade de conviver com o Mozart por longo tempo e além de um servidor competente, sempre foi muito gentil e prestativo. Grandes votações passaram por Mozart, sem dúvida, deixou um grande legado. Prestamos solidariedade aos familiares e amigos. Descanse em paz.
  • Rodrigo Maia, deputado (DEM-RJ), ex-presidente da Câmara – “Perdemos hoje o maior exemplo de servidor público. Dedicado à Câmara, ao interesse do Brasil, ao interesse público. Perdermos um grande exemplo para todos nós. Meus sinceros sentimentos aos familiares e amigos do querido Mozart Vianna.”

(Fonte: https://g1.globo.com/politica/noticia/2021/06/07 – POLÍTICA / NOTÍCIA / Por Luiz Felipe Barbiéri e Elisa Clavery, G1 e TV Globo — Brasília – 

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