Moniz Bandeira, historiador e cientista político, lançou clássicos como “Formação do Império Americano”, “A Segunda Guerra Fria” e “A Desordem Mundial”

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Escritor e cientista político Moniz lançou mais de 20 obras, a maioria sobre política internacional

 

 

O escritor e cientista político Luiz Alberto Moniz Bandeira (Foto: Jornal Grande Bahia /Reprodução)

 

Pensador, escritor, historiador e cientista político

Luiz Alberto de Vianna Moniz Bandeira (Salvador, 30 de dezembro de 1935 – Heidelberg, Alemanha, 10 de novembro de 2017), escritor, historiador e cientista político baiano

Nascido em Salvador, era doutor em ciência política pela USP e professor titular aposentado de política exterior do Brasil no departamento de história da UnB (Universidade do Brasil).

O autor morava na Alemanha onde lançou clássicos como “Formação do Império Americano – da Guerra contra a Espanha à Guerra no Iraque” (2005), “A Segunda Guerra Fria”  e “A desordem mundial”. Em novembro desse ano ainda lançou  as edições revistas e ampliadas de “O Ano Vermelho – A Revolução Russa e seus Reflexos no Brasil e “Lênin – Vida e Obra”.

Moniz era honóris causa da Unibrasil e da UFBA e em 2006, a União Brasileira dos Escritores (UBE) elegeu-o, por aclamação, Intelectual do Ano de 2005, conferindo-lhe o Troféu Juca Pato, por sua obra Formação do império americano. Em 2014 e 2015 foi indicado ao Prêmio Nobel de Literatura.

O Grupo Editorial Record, editou algumas obras do pensador, entre elas, seu primeiro livro, “O Ano Vermelho — A Revolução Russa e seus Reflexos no Brasil”, lançado há 50 anos e reeditado em novembro pela mesma editora, por ocasião da celebração dos 100 anos de Revolução Russa, junto com “Lenin — Vida e Obra”.

 

 

Moniz Bandeira era uma referência da ciência política e especialista em relações internacionais – (Foto: Tuca Vieira / Folhapress / Divulgação)

 

CRÍTICAS AO IMPERIALISMO AMERICANO

 

Moniz Bandeira foi o autor de mais de 20 obras, entre elas clássicos como “Formação do Império Americano”, “A Segunda Guerra Fria” e “A Desordem Mundial”.

Formado em Direito, ele era também doutor em Ciência Política pela USP e, em 2014 e em 2015, foi a indicação da União Brasileira dos Escritores para disputar o Prêmio Nobel de Literatura, por seu trabalho como “intelectual que vem pensando o Brasil há mais de 50 anos”.

Era também dono da honra Grã-Cruz da Ordem de Rio Branco (Brasil), comendador da Ordem do Mérito Cultural (Brasil), comendador da Ordem de Mayo (Argentina) e condecorado com a Cruz do Mérito, 1ª classe, da República Federal da Alemanha.

O historiador era um crítico profundo do imperialismo norte-americano e, sob este viés, analisava também os últimos fatos ocorridos na política brasileira, como a ascenção de Michel Temer à Presidência da República.

Pensador atuante até o fim de sua vida, Moniz lançou seu último livro em outubro de 2016, “A Desordem Mundial”. Nele, o autor analisava as consequências, em todo o mundo, das intervenções militares e diplomáticas dos Estados Unidos ocorridas nas últimas décadas.

Mas não somente de política foi a obra de Moniz. Ele era, também, “um excelente poeta”, tinha vários livros de poesia publicados, incluindo um de sonetos dedicados à mulher, Margot.

Moniz Bandeira morreu em 10 de novembro de 2017, aos 81 anos.

O autor baiano morreu na cidade de Heidelberg, na Alemanha, onde viveu os últimos anos e era cônsul honorário. Há anos, ele enfrentava problemas cardíacos e, nos últimos dias, estava internado por conta de uma infecção pulmonar, que generalizou.

(Fonte: https://oglobo.globo.com/cultura – CULTURA / POR O GLOBO – )

(Fonte: Zero Hora – Ano 54 – N° 18.934 – 13 novembro de 2017 – TRIBUTO – Pág: 31)

(Fonte: http://cultura.estadao.com.br/noticias/literatura – NOTÍCIAS – LITERATURA – CULTURA / Por O Estado de S.Paulo – 11 Novembro 2017)

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