Mohammad Reza Pahlavi, foi o segundo e último monarca da Dinastia Pahlavi

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Mohammad Reza Pahlavi (Teerã, Irã, 26 de outubro de 1919 – Cairo, Egito, 27 de julho de 1980), xá que governou ao longo de 37 anos o reinado no Irã, entre 16 de setembro de 1941 até 11 de fevereiro de 1979, era filho de Reza Pahlavi e da sua segunda esposa, Tadj ol-Molouk, Mohammad foi o segundo e último monarca da Dinastia Pahlavi.

Foi íntimo de reis e governantes por várias décadas, a efêmera dinastia Pahlavi, inventada 55 anos atrás quando seu pai, o então coronel Reza Khan, deu um golpe militar e tomou o poder em Teerã.

Seu poder, uma tirania luxuosa e cruel, durou 37 anos e quatro meses. Seu exílio, uma via-crucis desordenada e humilhante, arrastou-se por dezoito meses e onze dias. O deposto xá do Irã Mohamed Reza Pahlevi, ex-“Rei dos Reis”, ex-“Luz dos Arianos”, constitui um raro exemplo de alguém que experimentou alguns extremos da condição humana.

Ele teve domínio absoluto sobre um país grande e promissor – para depois ser expulso, perseguido e execrado. Teve dinheiro, prestígio e amigos pelo mundo todo.

Era o oposto do que fazia em 1978, quando Pahlavi, ainda no poder e apesar de utilizar métodos jpa notoriamente cruéis para reprimir os adversários, abria suas generosas torneiras de petróleo para o ocidente, proclamava-se guardião do golfo Pérsico e era objeto de uma deferência que beirava a bajulação.

Em outubro de 1971, por exemplo, uma centena de governos do mundo enviou seus mais altos dignitários a Persópolis, no Irã, para abrilhantar uma absurda comemoração dos 2 500 anos de monarquia no Irã, em que o xá gastou 100 milhões de dólares.

 

Sua morte, sofrida e solitária, dia 27 de julho de 1980, no Cairo, não despertou mais que áridas notas oficiais, um envergonhado silêncio no ocidente e envelhecidas considerações sobre sua fortuna e miséria. Ao desaparecer com 60 anos e meio, arrasado pelo câncer, num hospital militar da capital egípcia o deposto xá, morreu sem pátria, evitado e esquecido de quase todos.

Acompanhou-o no cortejo final, apenas um rei deposto – Constantino II da Grécia – e um presidente despojado do poder – Richard Nixon, dos Estados Unidos. Além do presidente egípcio Anuar Sadat, eterno agradecido pela ajuda que o xá sempre ofereceu a seu regime, e líder de um país tradicionalmente generoso para com monarcas em desgraça.

 

 

 

 

(Fonte: Veja, 24 de janeiro de 1979 – Edição 542 – INTERNACIONAL – Pág: 28/31)

(Fonte: Veja, 6 de agosto de 1980 – Edição 622 – INTERNACIONAL – IRà– Pág: 40/42)

 

 

 

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