Miriam Makeba (1932-2008), lendária cantora sul-africana, um dos ícones da luta contra o apartheid.

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Miriam Makeba (1932-2008), lendária cantora sul-africana, um dos ícones da luta contra o apartheid. A destacada intérprete faleceu no dia 10 de novembro, aos 76 anos, na Itália, vítima de um ataque cardíaco.
Makeba era maior que a sua própria vida, pelo que ela simbolizou e significou para tantas pessoas, diz o publicitário Mark Lechat. “Encheu um espaço que agora ficará vazio, mas como ela sempre disse, quando uma porta se fecha, outra se abre, e sua morte não apagará o exemplo que deixou, de esperança e resistência”, agregou.
Makeba nasceu em Johannesburgo, em março de 1932. Por sua inabalável luta contra a discriminação racial, ganhou o nome de Mama África.
Começou a cantar na década de 1950, misturando jazz com música tradicional sul-africana. Adquiriu notoriedade durante um tour pelos Estados Unidos em 1959, como parte do grupo Manhattan Brothers.
Primeira africana
Pouco depois, o regime de Pretória retirou-lhe o passaporte por ser a principal estrela de um documentário contra o apartheid. A partir desse momento, atingiu maior difusão mundial; em especial depois que compartilhou com Harry Belafonte o prêmio Grammy, em 1965, sendo a primeira africana a ganhar essa distinção.
Só regressou ao seu país natal em 1994, depois de Nelson Mandela ter chegado a presidência.
O porta-voz do Ministério de Assuntos Exteriores sul-africano, Ronnie Mamoepa, afirmou que Miriam Makeba se converteu numa embaixadora da boa vontade pelo que expressava em suas canções.
“Ao longo de sua vida, Mama Makeba comunicou uma mensagem positiva ao mundo sobre a luta do povo da África do Sul e a convicção da vitória contra as forças escuras do apartheid”, sublinhou o porta-voz.
Numa ocasião, a artista declarou que cantava sobre o que lhe rodeava: o sofrimento pelo apartheid e o racismo existente no país. “Nossa música tem que se inspirar nessa realidade”, reconheceu a incansável lutadora pelos direitos de seus conterrâneos (da Prensa Latina).

(Fonte: Brasil de Fato – Ano 6 – Nº 298 – De Johannesburgo/África – 13 a 19 de novembro de 08 – Pág; 12)

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