Michel Bouquet, lenda do cinema francês, trabalhou com importantes nomes da Nouvelle Vague, foi dirigido por François Truffaut, Claude Chabrol, Alain Resnais, Jacques Deray, Francis Veber, Alain Corneau, Jean Becker e Bertrand Blier

0
Powered by Rock Convert

Michel Bouquet, lenda do cinema francês que trabalhou com Truffaut

 

Renomado ator francês foi duas vezes vencedor do César, trabalhou com diretores como François Truffaut e Claude Chabrol

 

Michel Bouquet (Paris, 6 de novembro de 1925 – Paris, 13 de abril de 2022), renomado ator, foi uma das lendas do cinema francês.

 

Conhecido nome do cinema e do teatro francês, com mais de 100 filmes no currículo, Bouquet começou sua carreira em 1947, quando participou dos filmes “Brigade criminelle”, de Gilbert Gil, e “O Capelão das Galeras”, de Maurice Cloche.

 

Nos anos 1960 e 1970, trabalhou com importantes nomes da Nouvelle Vague. Foi dirigido por François Truffaut em “A Noiva estava de Preto” (1968) e “A sereia do Mississipi” (1969), e também colaborou diversas vezes com Claude Chabrol, com quem trabalhou em “O tigre se perfuma com dinamite” (1965), “O espião de Corinto” (1967), “A mulher infiel” (1969), “Trágica separação” (1970) e “Ao anoitecer” (1971).

 

Conquistou o César Awards em duas oportunidades: “Como Matei Meu Pai” (2001), de Anne Fontaine; e “O Último Mitterrand” (2005), de Robert Guédiguian. Concorreu ao prêmio também em 2014 pela atuação como o pintor impressionista Pierre-Auguste Renoir em “Renoir” (2013), de Gilles Bourdos.

Nascido nascido na capital francesa em 1925, Bouquet trabalhou em mais de cem filmes. Nos anos 1960 e 1970, ele colaborou com os diretores da Nouvelle Vague François Truffaut e Claude Chabrol em filmes como “A Noiva Estava de Preto”, “A Sereia do Mississipi”, “A Mulher Infiel”, entre outros.

Anos depois, Bouquet ainda venceria um Prêmio Europeu de Cinema por sua atuação em “Um Homem com Duas Vidas”, filme de Jaco van Dormael lançado em 1991, além de receber duas vezes o César de melhor ator por “Como Matei Meu Pai”, de Anne Fontaine, em 2001, e “O Último Mitterrand”, de Robert Guédiguian, em 2005.

 

Entre outros diretores com os quais Bouquet trabalhou, estão Alain Resnais, Jacques Deray, Francis Veber, Alain Corneau, Jean Becker e Bertrand Blier.

 

Antes de ganhar as telas, porém, Bouquet primeiro subiu aos palcos do teatro, aos 17 anos. Ele ficou conhecido por interpretar o papel principal no drama “O Rei Está Morrendo”, de Eugene Ionesco, um dos mais importantes dramaturgos do século 20 e um dos criadores do teatro do absurdo. Bouquet também ganhou um prêmio Molière honorário pelo conjunto de sua carreira em 2016. Mais tarde, ele ainda receberia uma medalha da Légion d’Honneur, que celebra personalidades eminentes da França.

 

Nos palcos, Bouquet cultivou uma relação próxima com o dramaturgo Jean Anouilh e o autor André Barsacq, além de interpretar inúmeros personagens de William Shakespeare nos teatros da França.

 

Em 1998, recebeu o Prêmio Molière, maior honra do teatro francês, pelo trabalho em “Les Côtelettes”, de Bertrand Blier. Repetiu a dose em 2005, com o drama “Exit the King”, de Eugène Ionesco, e 2014, quando recebe um troféu pelo conjunto de sua obra.

Bouquet foi casado com a atriz Ariane Borg, entre 1954 e 1981. No ano seguinte, se casou com Juliette Carré, também atriz, e com quem dividiu os palcos algumas vezes. Os dois permaneceram juntos até a morte do ator.

Michel Bouquet faleceu aos 96 anos em 13 de abril de 2022, em um hospital de Paris.

Vencedor do prêmio César, ele recebeu uma homenagem do Palácio do Eliseu, do governo francês.

O presidente francês Emmanuel Macron lamentou a morte de Bouquet através das redes sociais nesta quarta. “Por sete décadas, Michel Bouquet levou o cinema e o teatro ao mais alto nível de incandescência e verdade, revelando o homem em todas as suas contradições com uma intensidade que queimava as fronteiras e rasgava as telas. Um monstro sagrado nos deixou”, escreveu o governante no Twitter.

A organização do Festival de Cannes também homenageou o ator relembrando sua atuação em “Renoir”, em que interpretou o famoso pintor. “Em 2012, Michel Bouquet deslumbrava mais uma vez o festival com sua encarnação de Renoir. Com a humildade em sacerdócio, a atuação do comediante marcou a memória de Cannes. ‘Tocar a vida é difícil’, dizia o ator. Ela o será, sem seu olhar e seu sorriso”.

(Fonte: https://www.msn.com/pt-br/cinema/noticias – CINEMA / NOTÍCIAS / ENTRETENIMENTO / por AFP / (FOLHAPRESS) – SÃO PAULO, SP – 13/04/2022)

(Fonte: https://oglobo.globo.com/cultura/filmes – CULTURA / FILMES / por O Globo – 13/04/2022)

Powered by Rock Convert
Share.