Marguerite Duras, escritora francesa. Recebeu o mais famoso prêmio literário francês, o Goncourt

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Marguerite Duras, escritora francesa

Romancista (Gia-Dinh, Saigon, Indochina, 2 de abril de 1914 – Paris, 3 de março de 1996), novelista, roteirista de cinema e dramaturga, Duras já era conhecida como uma das maiores autoras francesas do século 20 quando seu romance “O Amante” recebeu o mais famoso prêmio literário francês, o Goncourt, em 1984.

Marguerite, conhecida pelo roteiro de Hiroxima Meu Amor, de Alain Resnais, escreveu mais de três dezenas de obras, e é detentora de uma Palma de Ouro em Cannes pelo roteiro de Uma tão Longa Ausência.

Tendo sido educada num liceu em Saigon até a idade de 18 anos, Marguerite Duras conhece e descreve com maestria o confronto destas duas civilizações. Obcecada pelo tema da incomunicabilidade humana – o fio condutor favorito do nouveau roman -, corrente que revolucionou a literatura francesa na década de 50, sempre teve a fama de produzir obras enfadonhas.

O livro vendeu cerca de 2 milhões de exemplares na França e foi adaptado para o cinema, em 1992, pelo diretor Jean-Jacques Annaud. Duras não gostou do filme e disse que autorizou a adaptação “por causa da grana”. “O Amante”, de fundo autobiográfico, trata do romance entre uma adolescente francesa pobre e um herdeiro chinês no Vietnã nos anos 30.

Marguerite Duras, pseudônimo de Marguerite Donnadieu, nasceu em 4 de abril de 1914, em Gia-Dinh, perto de Saigon, no Vietnã, que era então a Indochina, colônia francesa. Seus pais eram professores pobres. Depois da morte do marido, sua mãe investiu no cultivo de terras imprestáveis. Duras era então interna de um colégio em Saigon.

As memórias desse período são a base de vários de seus romances, como “Uma Barragem Contra o Pacífico”, de 1950.

Duras se instala em Paris em 1932. Em entrevista a uma rádio francesa em 1992, a escritora disse que “morreu aos 18 anos”, quando deixou a Indochina.

Durante a Segunda Guerra Mundial, Duras dá abrigo a membros da Resistência contra a ocupação alemã. A escritora dizia ter salvo a vida do presidente François Mitterrand (1916-1995), então na Resistência.

Depois da guerra, Duras milita no Partido Comunista Francês, com o qual romperia violentamente. Nos anos 80, a escritora viria a apoiar as candidaturas de seu amigo socialista Mitterrand.

Em 1959, Duras escreve o roteiro de “Hiroshima Meu Amor”, filme de Alain Resnais. Entre peças de teatro, romances e roteiros de cinema, Duras deixou cerca de 50 obras publicadas.

A jornalista Françoise Giroud, ex-diretora da revista “L”Express”, disse ontem a uma rádio francesa que Duras “era um personagem um pouquinho difícil, certamente, e profundamente original, uma grande escritora. Ela tinha consciência disso e fazia questão de ser tratada como a maior escritora francesa. Nada a irritava mais do que dizer que ela poderia ser a segunda maior”.

Uma cerimônia será realizada na quinta-feira, na igreja de Saint-Germain-des-Près, em homenagem à escritora. Duras morava no bairro de Saint-Germain, tradicional reduto de escritores e artistas.

A escritora francesa Marguerite Duras morreu dia 3 de março de 1996, aos 81 anos de idade, em seu apartamento em Paris, de enfisema pulmonar.

(Fonte: www.biblioteca.folha.com.br/1/03/1996 – ILUSTRADA / Por VINICIUS TORRES FREIRE de Paris – São Paulo, 4 de março de 1996)

Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados.

(Fonte: Veja, 21 de julho de 1982 – Edição 724 – LIVROS/ Por SONIA GOLDFEDER – Pág: 129)

 

 

 

 

 

 

Marguerite Duras (Saigão, Indochina, 2 de abril de 1914 – Paris, 3 de março de 1996), escritora francesa.

Formada sob a influência da moderna narrativa norte-americana, a escritora francesa Marguerite Duras nasceu em 2 de abril de 1914, em Saigão, Indochina, onde passou a infância e a adolescência, morrendo em 3 de março em 1996.

No período de sua adolescência, a escritora envolveu-se com um chinês rico e anos mais tarde, relata este período em dois de seus livros, nomeados de “O Amante” e “O Amante da China do Norte”. Marguerite estudou Direito e Ciência Política na Sorbonne, na França, formando-se em 1935. Durante a II Guerra Mundial, filiou-se ao partido comunista e entre os anos de 1943 e 1944 publicou seus primeiros livros: “Os Imprudentes” e “A Vida Tranquila”.

Em 1950, Duras ficou muito próxima de receber o prêmio Goncourt com a obra Uma barragem contra o Pacífico. Escritora de condição humana, Marguerite Duras não utilizou a escrita como forma de redenção, mas sim como uma luta pessoal com as questões do amor e da morte.

(Fonte: www.caras.uol.com.br – 28 de novembro de 2007 – Edição nº 734 – Citações)
(Fonte: www.igeduca.com.br/biblioteca/que-dia-e-hoje – 3/3/1996)

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