Luis Echeverría, ex-presidente do México, foi o primeiro ex-presidente levado a julgamento no país, acusado de genocídio pelo massacre de quase 200 estudantes no bairro de Tlatelolco da Cidade do México

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Luis Echeverría, ex-presidente do México

Echeverría foi o primeiro ex-presidente levado a julgamento no país, acusado de genocídio pelo massacre de quase 200 estudantes.

 

Luis Echeverría Alvarez em foto de 16 de novembro de 1969 — Foto: AP/Arquivo

Luis Echeverría Alvarez em foto de 16 de novembro de 1969 — (Foto: AP/Arquivo)

 

Acusado de massacre a estudantes, líder foi inocentado em 2009 por falta de provas

 

Luis Echeverría Álvarez (Cidade do México, 17 de janeiro de 1922 – Cuernavaca, 8 de julho de 2022), ex-presidente do México, que esteve no poder de 1970 a 1976.

 

Echeverría, do outrora hegemônico Partido Revolucionário Institucional (PRI), foi acusado de ser um dos responsáveis pelos massacres de estudantes de 2 de outubro de 1968 em Tlatelolco, quando era secretário de Governo (Interior), e de 10 de junho de 1971 nas ruas da Cidade do México, quando era presidente.

O ex-chefe de Estado, advogado de profissão, foi o primeiro ex-presidente levado a julgamento no país, acusado de genocídio pelo massacre de quase 200 estudantes no bairro de Tlatelolco da Cidade do México pela extinta Procuradoria Especial para Movimentos Sociais e Políticos do Passado (Femospp).

Ele foi alvo de ordens de busca e uma prisão domiciliar chegou a ser determinada, mas devido a sua idade avançada ele não foi detido e, depois, foi exonerado de todas as acusações em 2009 por falta de provas, o que deixou como único responsável o seu antecessor, Gustavo Díaz Ordaz (1911-1979).

Também foi acusado por desaparecimentos forçados de dissidentes durante a chamada “guerra suja”, que aconteceu entre as décadas de 1960 e 1980.

O ex-presidente foi acusado em 2005 por responsabilidade no Massacre de Tlatelolco, quando era ministro do Interior em 1968. Na ocasião, estudantes desarmados manifestavam-se contra a ação violenta do governo na repressão de jovens na Universidade Nacional Autônoma do México. As forças atiraram contra a multidão, deixando um número indeterminado de mortos e feridos.

Em 2006 chegou a ter sua prisão decretada, mas foi inocentado. Posteriormente, no mesmo ano, foi acusado novamente e passou a cumprir prisão domiciliar. Em 26 de março de 2009, a instância federal o absolveu, isentando-o da acusação de genocídio.

Luis Echeverria faleceu em 8 de julho de 2022. Ele tinha 100 anos.

A morte de Echeverria foi confirmada pelo presidente Andrés Manuel López Obrador no sábado (9) em uma rede social.

“Em nome do governo do México, envio respeitosos pêsames à família e amigos de Echeverría” que morreu na noite de sexta-feira na cidade de Cuernavaca, perto da Cidade do México, escreveu o presidente esquerdista López Obrador em um comunicado.

(Fonte: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2022/07/09 – MUNDO / NOTÍCIA / Por France Presse – 09/07/2022)

(Fonte: https://www.poder360.com.br/internacional – INTERNACIONAL / por PODER360 – 09.jul.2022)
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