Lauro Corona, foi uma das primeiras celebridades brasileiras a morrer vítima de complicações decorrentes do vírus da Aids

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Lauro Corona (Rio de Janeiro, 6 de julho de 1957 – Rio de Janeiro, 20 de julho de 1989), foi uma das primeiras celebridades brasileiras a morrer vítima de complicações decorrentes do vírus da Aids.

Lauro Corona contracenou com a atriz Lidia Brondi em “Dancin Days”

Um dos filhos mais diletos da televisão brasileira. Ele fazia parte de um grupo de atores que, com pouca ou nenhuma experiência nos palcos, e portanto contrariando a formação clássica na arte de representar, aprendeu o ofício na televisão.

Desse grupo fazem parte também atrizes como Glória Pires e  Lidia Brondi, que aprenderam a dominar a linguagem do víedo – que nada tem a ver com a do teatro – e nele conseguem bons resultados artísticos. Com 1,63 metro de altura, Corona era baixo para os padrões do típico galã, mas foi justamente com essa atribuição que ele viveu seu primeiro papel de destaque na TV – o Beto da novela “Dancin Days”, em 1978.

Seu par romântico com Glória Pires  conquistou o público e chegou a roubar, em alguns momentos, o brilho do casal protagonista, vivido por Sônia Braga e Antônio Fagundes.

Antes de “Dancin Days”, a experiência de Corona resumia-se a algumas incursões na publicidade, como modelo – atuou em comerciais de supermercados, refrigerantes e óculos -, em peças infantis e no especial da Globo Ciranda, Cirandinha.

Com Dancin Days, ele conheceu a fama aos 20 anos de idade –  Glória Pires tinha apenas 14 – e iniciou uma escalada que o tornaria um dos mais populares atores da televisão, o protótipo do jovem galã – bonito e simpático, mas com ar juvenil, sem o comportamento pomposo dos galãs tradicionais. A Globo apostou em seu tipo, escalando-o para nove novelas, como Os Gigantes, Marina, Baila Comigo, Elas Por Elas, Louco Amor e Vereda Tropical.

O melhor momento de Corona na televisão, depois de Dancin Days, viria em 1986, na única minissérie de que participou, Memórias de um Gigolô, um dos pontos altos da teledramaturgia nacional. O ator interpretou com notável desembaraço e humor o aprendiz de gigolô Mariano, criado pelas prostitutas do Palácio de Cristal.

As cenas que vivia ao lado de Bruna Lombardi e Elke Maravilha só foram superadas pelo brilho de Ney Latorraca como o gigolô Esmeraldo. Em 1987, a Globo reeditaria o casal romântico de Dancin Days em Direito de Amar. O Rio de Janeiro dos anos 20 serviu de pano de fundo para o ator interpretar o jovem médico recém-formado Adriano. Foi seu primeiro papel como protagonista. O segundo foi como o português Manoel Victor de Vida Nova. Como ambas as novelas foram apresentadas no horário das 6 da tarde, Corona chegou a ser apelidado de “o galã das 6”.

 

Lauro Corona faleceu em 20 de julho de 1989, aos 32 anos.

 

(Fonte: Veja, 26 de julho de 1989 – ANO 22 – Nº 28 – Edição 1089 – SAÚDE – Pág: 88/91)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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