Kim Il-sung, o herói do movimento de libertação contra o domínio japonês

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O fundador da Coreia do Norte

 

Kim Il-sung (Pyongyang, 15 de abril de 1912 – Pyongyang, 8 de julho de 1994), o fundador do país e considerado um “pai” por seus cidadãos. Kim Il-sung era retratado como um pai que recebe o povo e o protege em seus braços.

O fervor que Kim Il-sung desperta na Coreia do Norte tem suas raízes na colonização japonesa de Coreia (1910-45), período durante o qual, segundo a amplificação da propaganda, despontou como o herói do movimento de libertação contra o domínio japonês.
Após a Segunda Guerra Mundial, Kim aproveitou habilmente o surgimento da Cortina de Ferro para fundar, com o apoio da União Soviética, a nova República Popular Democrática de Coreia (RPDC) e se tornar líder do país, em 1948.

Pouco depois, ele ordenou a invasão à Coreia do Sul, o que deu origem à Guerra da Coreia (1950-53), um conflito que confirmou a divisão do povo coreano.

O chamado “grande líder”, que nunca renunciou a seu sonho de unir as duas metades da Coreia em um regime comunista sob seu comando, preparou nas seguintes décadas uma nova invasão ao sul que nunca aconteceu e ordenou vários ataques terroristas ao governo de Seul que custaram centenas de vidas.

Kim Il-sung também inspirou a ideologia “juche”, o socialismo ortodoxo baseado na autossuficiência que prolongou o auge econômico nos anos 70, mas acabou arruinando o país nos anos 90 com uma crise de fome que matou um décimo da população e que provocou uma grave crise humanitária.

Ao menos até a década de 1970, os norte-coreanos eram submetidos pelo governo a um sistema de castas semelhantes ao da Índia. No topo, estavam o ditador Kim Il-sung e sua família; abaixo deles, uma escala descendentes de 51 categorias. A única possibilidade de mobilidade social era para baixo, caso de quem era rebaixado por mau comportamento.

Quando as duas Coreias assinaram o armistício, em 27 de julho de 1953, quase 3 milhões de pessoas tinham morrido e a península estava em ruínas. Quando Pyongyang invadiu Seul, parte dos sul-coreanos era simpática à população do Norte. O rumor corrente à época era que os comunistas lhes dariam terras de graça.

Tanto seu filho, o “querido líder” Kim Jong-il, que governou durante 17 anos até falecer, em 17 de dezembro de 2011, como seu neto, o líder Kim Jong-un, fracassaram em tentar herdar a admiração e o profundo respeito que os norte-coreanos professam ainda ao falecido fundador.

Desde que 1994, quando os norte-coreanos perderam seu primeiro líder, a cada 8 de julho, a rede de televisão estatal norte-coreana dedica o dia a transmitir a solene cerimônia oficial em homenagem ao designado “presidente eterno”, assim como filmes sobre sua vida e obra glorificadas com narração entre o mito e a ficção pela incessante máquina de propaganda do regime.

O culto à personalidade de Kim Il-sung chega até um ponto em que, da mesma forma que a cada 8 de julho e também 15 de abril – o aniversário de seu nascimento -, o regime tenta minimizar os frequentes cortes de luz no país para que todos os norte-coreanos possam assistir à maratona televisiva de eventos e filmes sobre o ditador.

A Coreia do Norte dedica ao falecido “grande líder” mais de 34 mil estátuas em todo o país, a cujos pés os cidadãos depositam habitualmente flores, enquanto seu corpo é exposto embalsamado dentro do Palácio do Sol de Kumsusan, em Pyongyang.

(Fonte: http://noticias.bol.uol.com.br/ultimas-noticias/internacional/2014/07/08 – INTERNACIONAL – Atahualpa Amerise /Em SeulBarbara Demick08/07/2014)

(Fonte: http://zip.net/bxnZ9K)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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